Em uma revelação marcante, Janaína Xavier, ex-apresentadora do SporTV, abriu o coração em uma recente entrevista sobre sua saída do Grupo Globo, após 23 anos de contribuições à emissora. Em maio de 2022, Janaína encerrou sua jornada, deixando um legado de coberturas esportivas e análises profundas no canal esportivo.
Em uma conversa franca para o podcast "Benja Me Mucho", apresentado por Benjamin Back, Janaína compartilhou seus sentimentos sobre os motivos por trás de sua demissão. A jornalista, conhecida não apenas por sua competência profissional, mas também por sua presença marcante, revelou que sentiu ter perdido espaço na emissora por ser considerada "bonita demais" para os padrões vigentes.
"Acho que teve um certo momento em que eu estava me sentindo tratada como 'você é muito bonita para estar aqui', e aí tinha aquela coisa de inserir a menina mais 'cheinha'", explicou Janaína. Suas palavras ecoam não apenas como uma reflexão pessoal, mas também como um questionamento sobre os critérios estéticos e de representatividade na mídia.
Nos últimos anos, a indústria televisiva tem sido cada vez mais desafiada a diversificar seus padrões de beleza e representação. Janaína destacou que, durante sua trajetória na emissora, percebeu uma mudança de foco em relação aos perfis buscados para ocupar espaços na tela.
"Acho que cada um vê a beleza de uma forma, gente. Não estou dizendo que a mais cheinha não é bonita. Longe disso. Estou falando na visão deles", esclareceu a jornalista, enfatizando sua crença na meritocracia e sua defesa por um ambiente onde o talento e a competência sejam os principais critérios de avaliação.
A saída de Janaína Xavier do Grupo Globo coincidiu com uma fase de reestruturação e reformulação de imagem por parte da emissora. Nos últimos anos, tem sido observada uma tendência crescente de inclusão de diferentes perfis e vozes na mídia, em resposta às demandas por representatividade e diversidade.
Para muitos espectadores e colegas de profissão, Janaína sempre foi uma figura inspiradora não apenas pelo seu trabalho jornalístico, mas também pela forma como enfrentou desafios e contribuiu para o debate sobre inclusão no jornalismo esportivo. Sua demissão gerou discussões significativas sobre os critérios de contratação e as expectativas estéticas impostas às mulheres na televisão brasileira.