Capitão Alberto Neto exige que Congresso corrija ‘maior erro da História’: ‘nenhuma democracia aceita carrasco na Suprema Corte’



Em uma coletiva marcada por emoções intensas e palavras incisivas, o deputado federal Capitão Alberto Neto lançou um ataque contundente contra o que descreveu como abuso de poder por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O evento ocorreu em um momento crucial, com a presença da esposa do deputado Daniel Silveira, também parlamentar, que está detido há meses em circunstâncias que Neto e outros apoiadores consideram injustas e politicamente motivadas.


O discurso de Capitão Alberto Neto foi direto e não poupou críticas à atuação do ministro Moraes, a quem acusou de abandonar os princípios de imparcialidade e justiça que deveriam guiar a Suprema Corte. "Todos nós sonhamos em viver em uma democracia plena. Mas em uma democracia não existe carrasco", declarou Neto, referindo-se à postura que Moraes teria adotado ao, segundo ele, agir de forma arbitrária e punitiva contra opositores políticos.


A coletiva teve seu ápice quando a esposa de Daniel Silveira leu uma carta escrita pelo marido direto do cárcere, pedindo anistia para todos os presos políticos e perseguidos pelo que eles denominam como "ditadura judiciária". Neto reforçou esse pedido, destacando que a prisão de Silveira, por conta de opiniões expressas, representa um dos maiores erros da história do Congresso Nacional. Ele argumentou veementemente que a ação judicial contra Silveira foi não apenas ilegal, mas também um ato que desequilibrou a harmonia entre os poderes constitucionais do país.


"O Congresso, os deputados precisam honrar as suas calças", enfatizou Neto, em um apelo direto aos seus colegas parlamentares para que votem a favor do Projeto de Lei da Anistia, que visa restaurar o que ele descreve como a democracia perdida. Ele ressaltou que o PL é crucial para corrigir as injustiças cometidas contra aqueles que, como Silveira, foram alvo de medidas judiciais que considera excessivas e desproporcionais.


O deputado não se limitou apenas a defender seu colega de partido, mas também apontou para um padrão mais amplo de perseguição política contra pessoas associadas ao governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro. Ele mencionou casos como o da Folha Política, um veículo de comunicação que, segundo ele, foi alvo de medidas arbitrárias por parte do STF, incluindo invasão de sede e confisco de renda sem fundamentação jurídica clara.


"Estamos testemunhando uma erosão das liberdades individuais e dos direitos fundamentais de expressão e associação", acusou Neto, ecoando uma preocupação cada vez mais ampla entre seus apoiadores e críticos do atual governo. Ele desafiou seus colegas no Congresso Nacional a resistirem à pressão e votarem de acordo com suas consciências e em defesa do que ele chamou de "justiça verdadeira".


A prisão de Daniel Silveira, segundo Neto, simboliza um ato extremo de repressão contra aqueles que expressam opiniões discordantes do establishment político atual. Ele argumentou que a Suprema Corte, ao se envolver em questões políticas de maneira tão direta, está minando a confiança do público na instituição que deveria servir como guardiã imparcial da Constituição.

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