Na última quinta-feira, durante um evento de pré-campanha no Rio de Janeiro envolvendo Jair Bolsonaro e o candidato à prefeitura Delegado Ramagem, uma figura proeminente da TV Globo, Nathalia Sarro, gerou controvérsias ao fazer declarações chocantes em uma transmissão ao vivo pelo Instagram. A editora, visivelmente emocionada e confrontada pela multidão e apoio popular a Bolsonaro, foi captada dizendo: "Essa gente tem que morrer."
O evento, realizado no bairro da Tijuca e com a presença do governador Cláudio Castro, tornou-se palco de intensos debates não só políticos, mas também éticos e legais. Durante sua transmissão ao vivo, Sarro não apenas insultou o governador como o chamou de "bandido", o que agravou ainda mais a situação.
As declarações inflamadas de Sarro rapidamente se espalharam pelas redes sociais, apesar de seus esforços para apagar e bloquear o vídeo. Diversos perfis replicaram o conteúdo, provocando uma onda de indignação e pedidos por ações contra a editora. Muitos internautas expressaram repúdio às palavras de Sarro, considerando-as incitação ao ódio e violência.
"O mínimo que se espera é que a Globo demita essa criatura covarde", comentou um usuário identificado como João Augusto, refletindo o sentimento de muitos que viram o vídeo.
A repercussão do incidente não se limitou ao ambiente digital. Membros da direita política aproveitaram o episódio para criticar o que consideram um duplo padrão na aplicação da liberdade de expressão. Luiz Oliveira, em um comentário nas redes sociais, destacou: "Depois nós da direita é que temos discurso de ódio. Não queremos a morte dos esquerdistas, queremos que eles vivam para ver como a direita no governo é muito melhor."
Essas reações ilustram as divisões profundas que permeiam o cenário político brasileiro, exacerbadas por eventos como este. Enquanto alguns defendem a liberdade de expressão absoluta, outros argumentam que certas declarações devem ter consequências, especialmente quando envolvem figuras públicas em um contexto tão inflamado quanto uma campanha política.
A TV Globo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente, mas a pressão da opinião pública e a intensidade das críticas sugerem que uma resposta será inevitável. Questões éticas e legais também estão em jogo, com muitos observadores questionando se as declarações de Sarro ultrapassaram os limites da liberdade de expressão protegida pela lei brasileira.