Esquerdistas pedem cancelamento de Emílio Surita após imitação de jornalista da GloboNews


Na última terça-feira, 23 de julho, o programa "Pânico", transmitido pela Jovem Pan, se viu no centro de uma grande controvérsia após uma imitação feita pelo apresentador Emílio Surita. Durante o episódio, Surita decidiu imitar Marcelo Cosme, um renomado jornalista da GloboNews, provocando uma onda de críticas e pedidos de "cancelamento" nas redes sociais.


Durante o programa, Emílio Surita decidiu fazer uma breve imitação dos trejeitos de Marcelo Cosme, conhecido por sua forma particular de se movimentar pelo estúdio da GloboNews enquanto apresenta o programa "Em Pauta". Surita, com um tom irreverente, declarou: “Vou assim, andando gostosamente, bem Caetano Veloso, bem GloboNews”, enquanto caminhava pelo palco de forma exagerada. A imitação foi acompanhada por risos dos outros integrantes do programa e por um breve elogio à simpatia de Cosme, embora Surita tenha admitido não lembrar completamente do nome do jornalista.


O que parecia ser uma brincadeira inocente rapidamente se transformou em um ponto de discórdia. O movimento Mães pela Liberdade, juntamente com outros artistas e influenciadores digitais de orientação política mais à esquerda, interpretou a imitação como uma expressão de homofobia. Déa Lúcia, mãe do falecido ator Paulo Gustavo, expressou sua indignação nas redes sociais, seguida por manifestações similares de figuras como a atriz Beth Goulart e jornalistas como Natuza Nery e Flávia Oliveira. Léo Dias, influenciador digital e contratado do SBT, e a página Choquei também se juntaram às críticas contra Surita.


Diante da pressão, a Jovem Pan decidiu emitir um pedido formal de desculpas. Em nota publicada no Twitter/X, a emissora classificou a imitação como uma “brincadeira muito infeliz” e garantiu que não havia intenção de discriminar Marcelo Cosme, que é abertamente gay. A emissora também expressou seu respeito pelo trabalho do jornalista e prometeu evitar qualquer tratamento descortês no futuro.


A resposta da Jovem Pan, no entanto, não foi unânime entre o público. Muitos internautas questionaram a necessidade do pedido de desculpas, considerando a situação como uma reação exagerada. Heleninha Drummond, uma internauta, declarou que o ocorrido não justificava um pedido de desculpas, enquanto outros, como Beto Doria e Jefferson Luís, chamaram a reação de “palhaçada” e sugeriram que a emissora deveria encerrar suas atividades.


A postura da Jovem Pan também encontrou resistência dentro da comunidade homossexual. Dom Lancellotti, um influenciador conhecido por suas posições conservadoras, criticou a decisão da emissora, chamando-a de “frescura” e “mimimi”. Lancellotti argumentou que a imitação não deveria ser considerada uma forma de homofobia e que a liberdade de expressão e o humor devem ser respeitados, mesmo em tempos de crescente sensibilidade.


Este episódio gerou um debate acirrado sobre os limites do humor e as reações às expressões culturais e políticas. Enquanto alguns defendem o direito à liberdade de expressão, outros argumentam que é essencial considerar o impacto das ações e palavras no público, especialmente em contextos sensíveis.

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