Já se passaram sessenta dias desde que as enchentes devastaram o Rio Grande do Sul, deixando uma trilha de destruição e desespero por onde passaram. Enquanto as águas se retiraram, deixaram para trás milhares de casas destruídas, empresas fechadas e um rastro de necessidade que parece estar longe de receber a atenção necessária do governo federal.
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) tem sido uma das vozes mais críticas em relação à resposta do governo Lula às necessidades urgentes dos gaúchos. Segundo ele, as promessas de linhas de crédito não foram suficientes para reconstruir as vidas dos afetados. "Os gaúchos precisam de recursos a fundo perdido para reconstruir suas casas e reabrir seus negócios. O governo federal está se omitindo e deixando a desejar. Há uma clara má vontade", acusa Sanderson.
Um relatório recente, assinado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, revelou que apenas 2% da frota do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) foi mobilizada para operações de apoio na tragédia no Rio Grande do Sul. Esse dado alimentou ainda mais a crítica de que os esforços federais têm sido insuficientes para enfrentar a magnitude da crise.
Outro ponto de controvérsia levantado por Sanderson é a figura de Paulo Pimenta, responsável designado para liderar os esforços de reconstrução. Para o deputado, Pimenta não apenas falhou em prover a assistência necessária, como também se tornou um obstáculo. "Paulo Pimenta não tem a confiança do povo gaúcho. As pessoas não querem nem tirar foto com ele, os empresários têm vergonha!", denuncia Sanderson.