‘Fantástico’ confirma crise de audiência e perde número impressionante de telespectadores


No último domingo, o programa "Fantástico" da Rede Globo enfrentou um dos seus momentos mais desafiadores, registrando uma queda significativa em sua audiência. Apesar de ter abordado temas de relevância global, como a desistência de Joe Biden das eleições americanas, a revista eletrônica viu seus números no Ibope despencarem, preocupando profundamente a alta cúpula da emissora.


Os dados divulgados pelo portal TV Pop revelaram uma média de 15,5 pontos de audiência, com pico de 18,1 na maior metrópole do país. Comparado à semana anterior, isso representa uma perda de mais de 720 mil telespectadores em apenas sete dias, marcando a segunda pior audiência do ano para o programa.


A situação não poderia ser mais crítica para o "Fantástico", que já havia enfrentado um desempenho decepcionante em julho, quando registrou apenas 14,4 pontos de média. Esses números alarmantes refletem não apenas uma tendência recente, mas também um desafio constante para a emissora em manter o interesse do público em uma faixa horária tão competitiva.


Nos bastidores, a Globo já começou a articular medidas para reverter essa queda livre na audiência. Inicialmente, cogitou-se uma mudança na equipe de apresentação, com rumores sobre uma possível substituição de Maju Coutinho e Poliana Abritta. No entanto, após uma revisão estratégica, decidiu-se pela continuidade das duas apresentadoras, mantendo a confiança na capacidade delas de liderar o programa.


Entretanto, as críticas não se limitaram apenas ao desempenho de audiência. O "Fantástico" também enfrentou reprovação interna por supostamente negligenciar a cobertura de eventos trágicos recentes, o que gerou tensão entre a produção e a direção da emissora. Esses conflitos internos refletem a pressão crescente sobre a equipe para melhorar não apenas os números, mas também a qualidade editorial e a sensibilidade na seleção das pautas.


Em seus 50 anos de história, o "Fantástico" sempre foi uma referência em jornalismo investigativo e entretenimento de qualidade. No entanto, o desafio atual coloca em xeque não apenas a capacidade do programa de se adaptar aos novos tempos, mas também a estratégia da Globo em um mercado cada vez mais fragmentado e digitalizado.


Para especialistas em mídia, a queda na audiência do "Fantástico" é um reflexo das mudanças nos hábitos de consumo de entretenimento, com um público cada vez mais disperso entre plataformas digitais e outros conteúdos sob demanda. A competição não vem apenas de outros programas de televisão, mas também de serviços de streaming e mídias sociais, que oferecem variedade e conveniência aos espectadores.

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