As eleições municipais para a Prefeitura de São Paulo estão se intensificando com a apresentação de pré-candidaturas marcantes. No último sábado, 20 de julho de 2024, o Psol oficializou Guilherme Boulos como seu pré-candidato em um evento que reuniu importantes figuras da política brasileira.
Luiz Inácio Lula da Silva, uma das figuras mais proeminentes da política nacional, esteve presente no evento e aproveitou a oportunidade para criticar severamente outras candidaturas em jogo.
"Tem um aí que nem candidato a vice tinha", disparou Lula. "E o Bolsonaro fez ele engolir um candidato que era quase um ditador no Ceagesp, proibia sindicato de funcionários", completou, referindo-se ao coronel Mello Araújo, escolhido como vice na chapa de Ricardo Nunes.
O evento não apenas formalizou a candidatura de Boulos, mas também se tornou um palco para Lula expressar sua desaprovação quanto à escolha de vice de Nunes, associando-a a práticas autoritárias e afirmando que a decisão foi influenciada pelo presidente Jair Bolsonaro. Essas críticas refletem a intensa disputa política que caracteriza as eleições municipais deste ano em São Paulo.
A convenção do Psol foi marcada por um forte apoio político, evidenciando a união de diversas figuras proeminentes da política paulistana. Marta Suplicy, ex-prefeita da cidade e agora candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos, marcou presença ao lado de outros ex-prefeitos como Fernando Haddad e Luiza Erundina, consolidando um suporte significativo à candidatura.
As críticas de Lula não passaram despercebidas, provocando reações diversas no cenário político. Enquanto apoiadores de Boulos aplaudiram a postura firme contra o que consideram práticas antidemocráticas, a equipe de Ricardo Nunes reagiu com declarações contrárias, defendendo a escolha de Araújo como um passo estratégico para fortalecer a chapa governista.
Em um contexto de polarização política crescente, as eleições municipais em São Paulo se tornaram um campo de batalha não apenas por votos, mas também por narrativas e alianças políticas. A crítica de Lula ressoou entre eleitores preocupados com o ressurgimento de práticas autoritárias e o papel da influência presidencial nas escolhas locais.