Neste domingo (28), o ditador venezuelano e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, compareceu cedo a um colégio eleitoral em Caracas para exercer seu direito de voto. Poucos minutos após a abertura das urnas, Maduro fez uma breve declaração à imprensa presente, destacando a suposta liberdade e abertura da campanha presidencial, apesar das críticas internacionais frequentes sobre perseguições a opositores do regime bolivariano.
"O único candidato perseguido fui eu, Nicolás Maduro Moros. Perseguido internacionalmente, pelos poderes do mundo", afirmou Maduro, referindo-se aos seus críticos globais. Ele prosseguiu destacando a suposta paz e tranquilidade do processo eleitoral venezuelano: "Teve paz. Nenhum incidente eleitoral. Não deram nem um tapa em um candidato. É assim em toda a América Latina? Não. Ontem, eu falei com delegados internacionais e me falavam de casos de outros países em que têm dezenas de candidatos assassinados. Graças a Deus na Venezuela temos um país coeso e em paz."
Maduro também comentou sobre a situação das pesquisas de opinião mais recentes, que o colocam atrás de seu principal adversário por mais de trinta pontos percentuais. Apesar disso, ele prometeu aceitar e defender qualquer resultado proclamado pelos juízes eleitorais: "Prometo reconhecer o que quer que seja que os juízes eleitorais digam. Não apenas reconhecerei, como defenderei o resultado."
As declarações de Maduro vêm em um contexto de tensão política e econômica na Venezuela, marcado por uma crise prolongada que inclui hiperinflação, escassez de alimentos e remédios, além de um êxodo massivo de venezuelanos para outros países da região. Críticos internacionais frequentemente acusam o governo de Maduro de repressão contra a oposição política e de enfraquecimento das instituições democráticas do país.
A campanha eleitoral venezuelana deste ano foi amplamente monitorada por observadores internacionais, que frequentemente apontam irregularidades no processo eleitoral e restrições à participação de opositores políticos. Organizações de direitos humanos e governos de diversas nações têm manifestado preocupações sobre a legitimidade e transparência das eleições sob o governo de Maduro.
Apesar das críticas, Maduro continua a ter apoio dentro de seu próprio país, especialmente entre os setores mais pobres e aqueles que se beneficiam dos programas sociais financiados pelo governo. Seus partidários creditam a ele políticas que buscam a justiça social e a redistribuição de recursos, enquanto seus opositores acusam seu governo de autoritarismo e má gestão econômica.
Enquanto os eleitores venezuelanos comparecem às urnas ao longo do dia, o clima de incerteza paira sobre o resultado final das eleições presidenciais. Observadores internacionais e analistas políticos estarão atentos ao desenrolar dos acontecimentos nas próximas horas e dias, aguardando os resultados oficiais e possíveis reações tanto dentro quanto fora da Venezuela.