Neste domingo, 28 de julho de 2024, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) denunciou mais uma ação autoritária do ditador venezuelano Nicolás Maduro em relação às eleições no país. Convidado pela oposição ao regime de Maduro para ir a Caracas e acompanhar de perto o pleito, Van Hattem e outros observadores internacionais foram proibidos de ingressar na Venezuela pelo governo autocrático, que busca perpetuar-se no poder.
Van Hattem, conhecido por sua atuação em prol da democracia e dos direitos humanos, revelou a situação através de um vídeo divulgado em suas redes sociais. No vídeo, ele detalhou como ele e outros ex-presidentes de vários países da América Latina foram barrados pelo governo de Maduro. "Não pudemos nem decolar!", exclamou o deputado, referindo-se à tentativa frustrada de acompanhar as eleições in loco.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, presidida por Lucas Redecker, também havia sido convidada pela oposição venezuelana. Redecker, assim como Van Hattem, foi impedido de cumprir a missão de observação eleitoral. A proibição levantou questões sobre a transparência e legitimidade do processo eleitoral na Venezuela, já que a presença de observadores internacionais é um elemento crucial para garantir a integridade de eleições democráticas.
Van Hattem criticou duramente o regime de Maduro e os apoios que ele recebe de figuras políticas internacionais. "Este é o regime de exceção sanguinário que Lula, o PT e os abusadores do STF apoiam", afirmou o deputado, sem meias palavras. A declaração fez eco a críticas recorrentes de Van Hattem ao governo de Nicolás Maduro, caracterizado por ele como uma ditadura que sufoca a liberdade e os direitos do povo venezuelano.
A decisão de Maduro de vetar a presença de observadores internacionais, incluindo parlamentares e ex-presidentes, é vista como uma tentativa de controlar a narrativa e evitar qualquer tipo de fiscalização externa sobre as eleições. Esse movimento levanta sérias preocupações sobre a liberdade e a justiça do processo eleitoral na Venezuela, onde o governo tem sido acusado de manipulação e repressão contra opositores.
A situação da Venezuela tem sido um tema constante de preocupação internacional, especialmente entre países que defendem a democracia e os direitos humanos. A repressão contínua contra a oposição, a censura à imprensa e a crise humanitária que afeta milhões de venezuelanos são alguns dos aspectos que têm atraído críticas severas de organizações de direitos humanos e governos democráticos ao redor do mundo.
A proibição de Marcel van Hattem e de outros observadores internacionais sublinha a fragilidade do processo democrático na Venezuela. Em um contexto onde a transparência é fundamental para a credibilidade das eleições, o veto do governo de Maduro apenas reforça as suspeitas de manipulação e controle autoritário.
A reação da comunidade internacional a esta proibição ainda está se desenrolando. Diversas organizações e governos já manifestaram seu descontentamento com a decisão de Maduro, ressaltando a importância de eleições livres e justas. A situação também coloca pressão sobre organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas, para que intervenham e garantam que os direitos dos eleitores venezuelanos sejam respeitados.
Para Marcel van Hattem, a luta pela democracia na Venezuela continua, mesmo diante das adversidades impostas pelo regime de Maduro. Sua denúncia pública visa não apenas expor as ações autoritárias do governo venezuelano, mas também mobilizar apoio internacional para pressionar por mudanças e pela restauração da democracia no país.
Enquanto isso, os olhos do mundo permanecem voltados para a Venezuela, observando atentamente os desdobramentos das eleições e esperando que, em algum momento, a voz do povo venezuelano possa ser ouvida sem restrições ou manipulações. Para Van Hattem e muitos outros defensores da liberdade, a batalha por uma Venezuela democrática está longe de terminar, mas a esperança de que um dia o país possa voltar a trilhar o caminho da democracia e do respeito aos direitos humanos permanece viva.