Mesmo com TSE abandonando a Venezuela, assessor de Lula vai pessoalmente acompanhar as eleições


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar observadores para as eleições na Venezuela, que ocorrerão neste domingo, 28 de julho, após uma declaração polêmica do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A decisão do TSE foi motivada por alegações infundadas de Maduro de que as urnas eletrônicas brasileiras não são auditáveis.

O governo brasileiro, no entanto, manterá uma presença no pleito. Celso Amorim, assessor especial de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representará o Brasil na Venezuela para observar o processo eleitoral.

O TSE optou por não enviar observadores após Maduro afirmar que as eleições no Brasil não possuem auditoria confiável. Em um comunicado oficial, o TSE ressaltou que as urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis e seguras. O tribunal também expressou que as alegações do presidente venezuelano não tinham fundamento e eram infundadas.

“A decisão do TSE foi tomada em face das falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras. Por isso, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender ao convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela”, declarou o TSE.

A falta de observadores internacionais para monitorar o pleito venezuelano intensifica as preocupações sobre a legitimidade das eleições. Nicolás Maduro, que está em busca de sua reeleição, enfrenta críticas internas e externas devido à exclusão de principais adversários políticos da corrida eleitoral.

A eleição na Venezuela tem sido marcada por intensas controvérsias. O governo de Maduro tem sido acusado de reprimir a oposição e criar um ambiente eleitoral desfavorável para candidatos adversários. Em abril deste ano, importantes figuras da oposição foram barradas de participar das eleições, suscitando preocupações sobre a transparência e justiça do processo eleitoral.

A decisão de Maduro de desafiar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, um dos mais renomados por sua tecnologia avançada e segurança, foi vista como uma tentativa de desviar a atenção das críticas internas e externas sobre a legitimidade de seu próprio governo.

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