Milei diz que Maduro foi derrotado na Venezuela: ‘a Argentina não reconhecerá outra fraude’


Em um discurso incisivo nesta segunda-feira, 29 de julho de 2024, o presidente da Argentina, Javier Milei, desafiou o resultado das recentes eleições presidenciais na Venezuela, declarando que Nicolás Maduro, o atual ditador venezuelano, foi derrotado. Milei afirmou que a Argentina “não reconhecerá outra fraude” e expressou sua confiança nas Forças Armadas para proteger a democracia.


O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo regime de Maduro, divulgou que o presidente em exercício foi reeleito com 51,2% dos votos. Entretanto, Milei contestou essas alegações, chamando o resultado de “fraude descarada” e pedindo uma ação internacional para assegurar que a vontade do povo venezuelano seja respeitada.


“Ditador Maduro, fora! Os venezuelanos decidiram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados apontam uma vitória acachapante da oposição e o mundo espera o reconhecimento desta derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, escreveu Milei em uma publicação no X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter. Ele também expressou sua esperança de que as Forças Armadas venezuelanas desempenhem um papel crucial na defesa da democracia no país.


A declaração de Milei foi precedida por um apelo similar da chefe da diplomacia argentina, Diana Mondino, que pediu a Maduro que aceitasse a derrota. Mondino destacou a “diferença esmagadora” de votos contra a ditadura chavista, mencionando que a oposição teria vencido em todos os estados por mais de 35%. Ela criticou a falta de transparência e a violência no processo eleitoral, alegando que “não há fraude nem violência que oculte a realidade”.


O presidente chileno, Gabriel Boric, também se manifestou sobre a situação, pedindo uma apuração transparente e rápida dos resultados eleitorais na Venezuela. “A entrega dos resultados dessa eleição deve ser transparente, ágil e refletir integralmente a vontade popular expressada nas urnas. A comunidade internacional, da qual o Chile faz parte, não aceitaria outra coisa”, declarou Boric.


O chanceler chileno, Alberto van Klaveren, acrescentou que seu governo está apelando para que a vontade do povo venezuelano seja respeitada. “São horas decisivas na Venezuela e a democracia deve prevalecer acima de tudo”, enfatizou.


Por outro lado, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, optou por uma abordagem mais cautelosa. O Palácio do Planalto e o Itamaraty discutiram como responder à divulgação dos resultados eleitorais, refletindo a postura cuidadosa do governo brasileiro em relação ao regime de Maduro. O apoio do governo Lula ao regime venezuelano é amplamente conhecido, o que pode estar influenciando sua postura mais reservada.

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