A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, solicitou oficialmente à Polícia Federal a suspeição do delegado Clyton Eustáquio Xavier, responsável por conduzir dois processos administrativos contra Torres. A solicitação baseia-se em eventos anteriores envolvendo ambos os envolvidos, levantando preocupações sobre a imparcialidade de Xavier no tratamento do caso.
O embate legal entre Torres e Xavier remonta a maio de 2021, quando Torres, então ministro da Justiça, exonerou Xavier do cargo de Diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas da PF. A exoneração, conforme argumentado pelos advogados de Torres, poderia ter deixado Xavier com sentimentos de ressentimento e antipatia em relação ao ex-ministro, o que poderia influenciar negativamente sua objetividade ao conduzir as atuais investigações.
"O Sr. Clyton ocupava uma posição de destaque no Ministério da Justiça, cuja exoneração representou uma perda significativa financeira para ele", afirmaram os advogados em comunicado à imprensa. "Essa mudança de status pode naturalmente gerar um interesse pessoal que comprometeria a imparcialidade necessária para uma investigação justa e equitativa."