Primeira manifestação de Maduro mostra o terror que está por vir (veja o vídeo)


Após o anúncio da sua suposta vitória nas eleições recentes, o ditador Nicolás Maduro fez uma declaração em frente ao Palácio Miraflores, na Venezuela, afirmando que a vontade popular foi reconhecida e que seu governo permanece firme apesar das controvérsias. Em uma cerimônia carregada de retórica e acusações, Maduro também abordou as alegações de fraude eleitoral, além de oferecer um agradecimento público à Milícia Nacional Bolivariana por sua atuação.


Maduro, em seu discurso, se dirigiu diretamente às acusações de que as eleições haviam sido fraudulentas. "Já vi esse filme várias vezes. A extrema direita está gritando fraude", declarou. Ele fez referência a eventos passados, incluindo um recall e um referendo que, segundo ele, tentaram manchar o resultado eleitoral. Sua retórica sugeria uma familiaridade com tais disputas, insinuando que estas são parte de uma estratégia de oposição repetida ao longo dos anos.


Além de rejeitar as acusações de fraude, Maduro expressou gratidão à Milícia Nacional Bolivariana. Segundo ele, a milícia foi crucial na defesa contra um suposto ataque hacker durante o processo eleitoral. "Graças aos 900 observadores, ao poder eleitoral, que sofreu ataques impiedosos, hoje sofremos um ataque noturno, um hack massivo que vem de um país que já conhecemos", afirmou Maduro. Ele não especificou qual país estaria por trás do ataque, mas deixou claro que o sistema de transmissão do Conselho Nacional Eleitoral foi alvo de um ataque coordenado.


O ditador atribuiu a responsabilidade pelo ataque ao Ministério Público, dizendo que caberia a este órgão investigar e fazer justiça. Esta acusação sublinha a narrativa de Maduro sobre uma suposta conspiração internacional contra o seu governo, uma tática comum em seus discursos para desviar a atenção de críticas internas e externas.


Durante o discurso, Maduro também fez um apelo emocional ao seu povo. Ele evocou o legado histórico do país, mencionando a fundação da Venezuela por Simón Bolívar. "O fascismo na Venezuela não passará, nem hoje nem nunca", afirmou com firmeza. "Nascemos no dia em que a luz do libertador fundou este país. Meu primeiro pensamento é para o pai criador, ó Deus que está no céu, obrigado por dar esse triunfo a esse povo que merece depois de tanto sacrifício."


A declaração de Maduro vem em um momento de alta tensão política e social na Venezuela. O país tem enfrentado uma crise econômica prolongada e uma instabilidade política crescente, fatores que têm alimentado o descontentamento e as tensões entre o governo e a oposição. As eleições, que foram marcadas por alegações de irregularidades, têm sido um ponto focal das críticas tanto internas quanto internacionais.


Críticos do governo acusam Maduro de usar sua posição para manipular os resultados eleitorais e silenciar a oposição. A administração venezuelana, por sua vez, insiste na legitimidade do processo e denuncia o que considera uma campanha coordenada para desestabilizar seu governo.

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