Senador Magno Malta se exalta com Moraes: ‘o sangue de Clezão, ministro, está nas suas mãos’


O senador Magno Malta, em recuperação após uma cirurgia, utilizou suas redes sociais para expressar profunda indignação com o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à cerimônia recente que homenageou Clériston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão. O evento marcou a inauguração de uma rua em Brasília com o nome do preso político, que faleceu na penitenciária enquanto aguardava julgamento, mesmo com um pedido de soltura não analisado pelo ministro Alexandre de Moraes.


Em um vídeo divulgado para seus seguidores, Magno Malta lamentou a morte de Clezão, atribuindo responsabilidade direta ao Estado brasileiro e, especificamente, ao ministro Alexandre de Moraes. O senador enfatizou que o Ministério Público havia solicitado a libertação de Clezão, argumentando a falta de evidências criminais contra ele, mas o pedido foi ignorado pelo Supremo Tribunal Federal.


"O sangue de Clezão está nas mãos do Ministro Alexandre de Moraes. A Justiça dos homens falhou, mas confiamos na justiça divina, perfeita e imparcial", disse o senador, citando passagens bíblicas para fundamentar sua posição. O vídeo, que rapidamente se tornou viral, gerou intensos debates sobre a independência do Judiciário e os limites do poder estatal sobre os direitos individuais.


A cerimônia de inauguração da Rua Clezão em Brasília não apenas reavivou as discussões sobre justiça e liberdade de expressão, mas também colocou em evidência a crescente polarização política no país. Magno Malta, conhecido por suas posições conservadoras e frequentes críticas ao sistema judicial, aproveitou a ocasião para denunciar o que descreve como "perseguição e censura direcionadas exclusivamente aos conservadores".


Segundo Malta, o Brasil enfrenta um período de intensificação da censura, com o fechamento de veículos de imprensa independentes e medidas coercitivas que visam silenciar vozes dissidentes. Ele apontou para a decisão recente do ministro Luis Felipe Salomão, que resultou no confisco da receita da Folha Política por mais de vinte meses, sem uma justificação jurídica clara, como exemplo claro dessa tendência.


"A canetada do ministro Salomão, apoiada por outros membros do Supremo como Barroso, Moraes e Fachin, é um claro exemplo de como as instituições estão sendo usadas para calar aqueles que discordam do status quo", acusou o senador. "É uma violação flagrante da liberdade de imprensa e um ataque à democracia brasileira."

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