No último episódio do programa de rádio "Pânico", transmitido na terça-feira, dia 23 de julho, o apresentador Emílio Surita provocou uma onda de críticas e indignação nas redes sociais ao realizar uma imitação considerada por muitos como homofóbica do âncora da GloboNews, Marcelo Cosme. A brincadeira, que incluiu gestos e comentários durante o programa ao vivo, gerou reações intensas principalmente entre os defensores dos direitos LGBT+ e simpatizantes da esquerda política.
A polêmica começou quando Surita fez uma imitação caricata de Cosme, utilizando uma linguagem e gestual que foram interpretados por muitos como estereotipados e ofensivos. A reação imediata nas redes sociais foi de críticas à Jovem Pan, emissora responsável pelo programa, exigindo um pedido de desculpas formal pela atitude considerada discriminatória.
Em resposta às críticas, a Jovem Pan divulgou uma nota oficial pedindo desculpas pelo incidente. "A Jovem Pan pede sinceras desculpas pelo ocorrido na edição de terça-feira, 23 de julho, do Pânico. O programa fez uma brincadeira muito infeliz citando o nome de Marcelo Cosme. Todavia, a atração não teve nenhuma intenção de discriminar o profissional em questão. Nos comprometemos a não repetir o tratamento descortês ocorrido ontem. A Jovem Pan lamenta o ocorrido e deixa registrada sua admiração pelo trabalho de Marcelo Cosme", declarou a emissora.
A controvérsia se intensificou com a repercussão do incidente nas redes sociais e mídias digitais, alcançando até mesmo personalidades conhecidas e artistas, como o ator Carmo Dalla Vecchia, que se pronunciou contra a atitude de Surita. O debate sobre o limite do humor e a responsabilidade na comunicação ganhou espaço, com críticas à cultura de entretenimento que ainda perpetua estereótipos e preconceitos.
Marcelo Cosme, âncora da GloboNews, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio, mas a sua imagem foi diretamente afetada pela controvérsia gerada pela imitação de Surita. A discussão sobre a liberdade de expressão versus o respeito às minorias ganhou destaque, evidenciando a sensibilidade necessária ao abordar temas que possam perpetuar estigmas e discriminações.
Enquanto isso, a audiência do programa "Pânico" e da Jovem Pan continua a enfrentar críticas e boicotes por parte de grupos organizados nas redes sociais, que pedem uma resposta mais enérgica e medidas concretas para evitar episódios semelhantes no futuro. A controvérsia também levantou questionamentos sobre a responsabilidade das emissoras de mídia na promoção de um ambiente inclusivo e respeitoso.
Esta não é a primeira vez que o programa "Pânico" enfrenta críticas por suas abordagens controversas e humorísticas. A emissora já foi alvo de diversas controvérsias ao longo dos anos, levantando debates sobre o papel do entretenimento na sociedade contemporânea e os limites éticos da liberdade de expressão.