Carla Zambelli vai à ONU e pede intervenção na Venezuela


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) fez um apelo significativo ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), solicitando uma intervenção na Venezuela. O pedido surge após os recentes resultados das eleições presidenciais, que concederam a vitória a Nicolás Maduro, resultando em uma crescente controvérsia e protestos generalizados tanto no país quanto no exterior.


No dia 28 de julho de 2024, a Venezuela realizou suas eleições presidenciais, cujo resultado foi amplamente contestado. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Nicolás Maduro teria obtido 51% dos votos válidos, enquanto o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, recebeu 44%. A divulgação desses resultados provocou uma onda de críticas e acusações de fraude. Muitos países e organizações internacionais questionaram a legitimidade do pleito e pediram acesso às atas das urnas, enquanto a população venezuelana organizou protestos massivos para contestar os resultados e denunciar o que consideram como uma fraude eleitoral.


Em um ofício enviado ao Conselho de Segurança da ONU, Zambelli argumenta que a situação na Venezuela requer uma resposta internacional imediata. A deputada destaca a necessidade de "proteger a população civil e a oposição política das ações repressivas do governo" e garantir a "ordem pública e a estabilidade institucional" no país.


Zambelli critica a situação atual como uma violação grave das normas democráticas e dos direitos humanos. "A repressão sistemática, a violência desenfreada e a ausência de respeito pelas liberdades democráticas essenciais justificam a intervenção internacional, conforme previsto na Carta das Nações Unidas", afirma no documento. Ela também sugere que a ONU possa adotar várias medidas corretivas, incluindo sanções econômicas e políticas, intervenções humanitárias e outras ações necessárias para proteger os direitos humanos e restaurar a ordem democrática na Venezuela.


A solicitação de Zambelli à ONU gerou uma série de reações internacionais. Países da União Europeia e dos Estados Unidos expressaram preocupações sobre a transparência das eleições e a violência associada aos protestos. No entanto, alguns membros permanentes do Conselho de Segurança, como Rússia e China, manifestaram apoio ao governo de Maduro, dificultando a formação de um consenso global sobre a intervenção.


Além de sanções, Zambelli propõe uma série de ações que considera cruciais para lidar com a crise na Venezuela. Entre essas medidas estão a implementação de sanções direcionadas contra figuras chave do governo, a promoção de missões humanitárias para fornecer assistência à população afetada e o monitoramento rigoroso das futuras eleições para garantir sua legitimidade.


"É imperativo que a comunidade internacional responda de forma rápida e eficaz para garantir a proteção dos indivíduos e promover os valores democráticos", declarou Zambelli em uma coletiva de imprensa. Ela enfatizou que a gravidade da situação demanda uma resposta imediata e coordenada para evitar um agravamento da crise.

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