Cantor que "fez o L" e teve a casa invadida por bandidos "chora" na web (veja o vídeo)


O cantor Projota, um dos nomes mais conhecidos do rap nacional, está vivendo um momento de grande tensão após sua casa ter sido invadida por criminosos na madrugada da última terça-feira, dia 17 de setembro, em São Paulo. O artista, que sempre foi muito ativo nas redes sociais, fez um desabafo emocionante sobre as críticas que tem recebido após o ocorrido. Segundo ele, apesar do apoio que recebeu de muitos seguidores, as mensagens de ódio e crueldade por causa de suas escolhas políticas também se intensificaram nos últimos dias.


Projota se manifestou publicamente sobre o incidente durante uma entrevista ao programa Encontro, exibido pela TV Globo. O cantor explicou que a repercussão do caso nas redes sociais trouxe uma mistura de sentimentos. De um lado, ele destacou o carinho e o apoio que chegou de diversos fãs e amigos, mas, de outro, lamentou profundamente os ataques que têm sido direcionados a ele devido ao seu posicionamento político. Projota foi um dos artistas que, em 2022, declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que gerou divisão entre seus seguidores. Após a invasão, o que deveria ser um momento de solidariedade acabou sendo também um campo fértil para a disseminação de críticas baseadas em sua posição política.


Durante a entrevista, visivelmente abalado, Projota compartilhou algumas das mensagens que recebeu desde que o caso foi noticiado. “Comecei a receber muito carinho e amor, mas também muita crueldade de algumas pessoas nas redes sociais, por causa de partido político. Coisa assim que é inacreditável. As pessoas dizendo: ‘Fez o L, então merece’. É muito difícil lidar com isso”, desabafou o cantor. O gesto “fez o L” faz referência ao apoio a Lula nas eleições de 2022, e muitos dos ataques que Projota vem sofrendo estão diretamente relacionados a essa escolha.


O cantor relatou que esses comentários negativos têm tido um grande impacto emocional sobre ele e sua família. Além de lidar com o trauma de ter sua casa invadida por criminosos, ele agora enfrenta a dor de ver seu sofrimento sendo minimizado ou até mesmo usado como justificativa para ataques políticos. “É muito triste ver que, em um momento como esse, em que minha família e eu estamos vulneráveis, ainda existam pessoas que aproveitam para destilar ódio por causa de uma escolha política. A política divide, mas não deveria nos desumanizar”, afirmou Projota durante o programa.


Projota ainda refletiu sobre o peso que as redes sociais podem ter em momentos como esse. Para ele, a velocidade com que as pessoas reagem aos acontecimentos, muitas vezes sem empatia ou reflexão, pode ser devastadora. “A gente vive em uma época em que as redes sociais são uma extensão de nossas vidas. Tudo o que acontece é comentado, julgado e criticado em questão de minutos. Às vezes, parece que as pessoas se esquecem que, do outro lado da tela, existe uma pessoa real, com sentimentos e uma vida em jogo. Essa onda de ódio político está descontrolada, e acho que precisamos parar e pensar um pouco antes de digitar certas coisas.”


O cantor, no entanto, não se deixou abater completamente pelas críticas e afirmou que o apoio que recebeu também tem sido essencial para passar por esse momento difícil. “Felizmente, tenho muita gente do meu lado, me mandando mensagens de apoio, de carinho. Isso me ajuda a seguir em frente, a lembrar que o amor sempre vai ser mais forte que o ódio. Recebo muita energia positiva, e é isso que me faz seguir.”


Ainda não se sabe detalhes sobre a identidade dos criminosos que invadiram a residência de Projota, mas a polícia de São Paulo está investigando o caso. O cantor preferiu não dar muitos detalhes sobre o que foi levado ou sobre o que aconteceu durante a invasão, mas destacou que o mais importante é que ele e sua família estão bem, apesar do susto.


Projota finalizou sua fala durante o programa com uma mensagem de esperança e resiliência, afirmando que, apesar das dificuldades e das críticas, ele continuará focado em seu trabalho e em sua arte, que sempre buscou levar mensagens de paz, reflexão e transformação. O episódio serviu, segundo ele, como um lembrete de que, mesmo em meio à violência e ao ódio, é possível encontrar solidariedade e apoio. "A gente tem que continuar acreditando no bem, no amor e na arte. É isso que vai nos salvar no final", concluiu.

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