Míriam Leitão é escolhida para levar troféu de intelectual do ano


A jornalista e escritora Míriam Leitão foi escolhida como a Intelectual do Ano de 2024, recebendo o prestigiado Troféu Juca Pato. A premiação, que existe desde 1962, homenageia personalidades que se destacam no cenário nacional por suas contribuições literárias e intelectuais. Míriam foi reconhecida por seu livro "Amazônia na encruzilhada: O Poder da Destruição e o Tempo das Possibilidades", publicado pela editora Intrínseca. A obra aborda os desafios enfrentados pela Amazônia, analisando as ameaças à floresta e as oportunidades de preservação e desenvolvimento sustentável.


O Troféu Juca Pato é concedido anualmente pela União Brasileira de Escritores (UBE) a um intelectual cuja obra literária publicada no ano anterior tenha grande relevância para o país. O prêmio também reconhece aqueles que contribuem para o desenvolvimento e o prestígio do Brasil, promovendo valores humanos, democráticos e republicanos. Míriam Leitão, com seu trabalho voltado para a conscientização ambiental e o futuro da Amazônia, foi considerada a escolha ideal para o ano de 2024.


A cerimônia de entrega do prêmio ocorrerá durante o Festival Literário Internacional de Itabira, o Flitabira, entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro. O evento será realizado na cidade mineira de Itabira, conhecida por seu importante papel na literatura brasileira como terra natal do poeta Carlos Drummond de Andrade. A premiação de Míriam Leitão marca um momento significativo para o festival, que tem como objetivo promover o diálogo entre autores, leitores e a sociedade sobre temas relevantes da atualidade.


Além de Míriam, outros escritores de renome foram indicados ao Troféu Juca Pato deste ano. Entre eles, estava a professora e escritora indígena Eliane Potiguara, com seu livro "O Vento Espalha Minha Voz Originária", da Grumin Edições, que explora as questões dos povos indígenas no Brasil. Também foi indicado João Silvério Trevisan, autor da autoficção "Meu Irmão, Eu Mesmo", da editora Alfaguara, uma obra que reflete sobre identidade e memória. A escritora Maria Valéria Rezende concorreu com seu livro de contos "O Mistério de Digiolho", lançado pela editora Outubro Edições. A lista de finalistas ainda incluiu a jornalista e escritora cearense Socorro Acioli, com o romance "Oração Para Desaparecer", publicado pela Companhia das Letras, que traz uma narrativa sobre perda e identidade.


Míriam Leitão, que possui uma longa carreira como jornalista e escritora, é conhecida por sua atuação em grandes veículos de comunicação no Brasil, além de ser autora de livros sobre política, economia e meio ambiente. Seu trabalho mais recente, premiado com o Troféu Juca Pato, se destaca pela análise crítica da situação da Amazônia, um dos temas mais debatidos no cenário nacional e internacional. No livro, Míriam explora as tensões entre o desenvolvimento econômico, a preservação ambiental e os direitos das populações que vivem na região, apresentando dados e relatos que mostram a urgência de uma ação coordenada para salvar a floresta.


Ao longo dos anos, Míriam tem se dedicado a investigar e escrever sobre a realidade política e econômica do Brasil, sempre buscando trazer à tona temas de grande relevância para o futuro do país. Sua preocupação com as questões ambientais, em especial com a preservação da Amazônia, vem sendo um ponto central de suas discussões, e sua obra premiada reflete esse compromisso com o meio ambiente. No contexto atual, em que o desmatamento e as mudanças climáticas ganham destaque no debate público, o livro de Míriam traz uma contribuição fundamental para a compreensão dos desafios e possibilidades que cercam a maior floresta tropical do mundo.


O Troféu Juca Pato foi criado pelo escritor Marcos Rey, e desde então tem sido concedido a intelectuais que, com suas obras, promovem o avanço do conhecimento e das artes no Brasil. Entre os vencedores de edições anteriores, estão nomes como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Paulo Freire, figuras icônicas que marcaram a história intelectual do país. A premiação de Míriam Leitão a insere nesse seleto grupo de pensadores que contribuíram para o debate público e para a construção de um Brasil mais consciente e engajado com os desafios contemporâneos.


A escolha de Míriam Leitão como a Intelectual do Ano reflete não apenas o reconhecimento de sua obra jornalística e literária, mas também sua trajetória como uma das vozes mais respeitadas do país em temas como política, economia e meio ambiente. Em um momento em que as questões ambientais ganham cada vez mais destaque global, o livro premiado de Míriam surge como uma leitura essencial para aqueles que buscam entender o futuro da Amazônia e as consequências das ações humanas sobre esse patrimônio natural.


O Festival Literário Internacional de Itabira promete ser um evento de grande importância para a cultura brasileira, e a entrega do Troféu Juca Pato a Míriam Leitão certamente será um dos pontos altos do encontro.


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