Nova pesquisa surge e traz surpresas para Nunes, Boulos e Marçal

 
Uma nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada na sexta-feira, 20 de setembro de 2024, trouxe mudanças importantes na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O atual prefeito, Ricardo Nunes, candidato pelo MDB, apresentou crescimento nas intenções de voto, atingindo 26,8%. Essa alta representa uma consolidação significativa de sua posição na disputa, colocando-o à frente de seus principais adversários. O deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, que até então liderava em algumas pesquisas, sofreu uma leve queda, caindo para 23,7% das intenções. Já o empresário Pablo Marçal, do PRTB, manteve-se estável, registrando 21% de apoio, mantendo-se competitivo.


A pesquisa, realizada entre os dias 16 e 19 de setembro, ouviu 1.500 eleitores na cidade de São Paulo. O levantamento tem uma margem de erro de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um índice de confiança de 95%. Registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03057/2024, a pesquisa aponta um cenário de disputa acirrada entre os três principais candidatos, que continuam a dividir as preferências do eleitorado paulistano.


O crescimento de Ricardo Nunes nas pesquisas reflete, em parte, o esforço de sua gestão para se aproximar do eleitorado, especialmente em áreas como transporte público, habitação e saúde, setores que são amplamente debatidos durante o período eleitoral. Sua administração vem sendo avaliada de forma mista, com críticas por parte de alguns setores, mas também reconhecimento de suas ações em frentes estratégicas. O fato de Nunes estar à frente nas pesquisas pode indicar que, mesmo com as críticas, sua base de apoio está sólida, especialmente entre aqueles que valorizam a continuidade de projetos já em andamento na cidade.


Por outro lado, Guilherme Boulos, que vinha se mantendo em uma posição competitiva nas pesquisas anteriores, experimentou uma leve queda. Na última rodada, ele registrava 23,9%, agora marcando 23,7%. A oscilação, embora pequena, pode indicar uma dificuldade de Boulos em ampliar seu eleitorado além de sua base tradicional, composta majoritariamente por jovens, eleitores da esquerda e movimentos sociais. Ainda assim, ele continua sendo um candidato forte, com grande capacidade de mobilização, especialmente nas regiões periféricas da cidade, onde seu discurso focado em justiça social encontra maior ressonância.


Pablo Marçal, por sua vez, mantém-se firme na terceira posição, com 21% das intenções de voto. Apesar de não ter apresentado grandes variações, sua estabilidade na pesquisa é um indicativo de que ele conseguiu consolidar uma base de eleitores fiel, atraída por seu discurso focado em inovação e empreendedorismo. O empresário, que é relativamente novo no cenário político, vem crescendo como uma opção para aqueles que buscam uma alternativa aos nomes tradicionais da política paulistana. Sua campanha tem enfatizado propostas de modernização da gestão pública e o incentivo ao setor privado, tentando atrair o eleitorado que se identifica com pautas liberais.


Além dos três principais nomes da corrida, outros candidatos também foram avaliados na pesquisa. A deputada federal Tabata Amaral, do PSB, aparece com 8,3% das intenções de voto, uma posição que, embora distante dos líderes, demonstra algum potencial de crescimento. Tabata tem focado sua campanha em pautas ligadas à educação e à inovação, tentando se posicionar como uma alternativa jovem e progressista. O apresentador de televisão José Luiz Datena, do PSDB, aparece logo atrás, com 7% das intenções, capitalizando sua popularidade adquirida nas telinhas e buscando se consolidar como uma figura forte entre o eleitorado mais conservador e de centro-direita.


Os demais candidatos não ultrapassam a barreira dos 2%. Marina Helena, do Novo, marca 1,9%, enquanto Altino Prazeres, do PSTU, e Bebeto Haddad, do DC, pontuam com 0,1%. João Pimenta, do PCO, e Ricardo Senese, da Unidade Popular, não conseguiram pontuar na pesquisa. Além disso, 6,2% dos eleitores afirmaram que votarão em branco ou nulo, enquanto 4,8% permanecem indecisos, indicando que ainda há margem para mudanças significativas no cenário eleitoral.


A pesquisa também investigou os índices de rejeição dos principais candidatos. Pablo Marçal lidera neste quesito, com 37,9% de rejeição, seguido por Guilherme Boulos, com 34,8%. Datena aparece em terceiro, com 22,6% de rejeição, enquanto Ricardo Nunes tem apenas 10,1%. Tabata Amaral e Marina Helena registram rejeições mais baixas, com 9,1% e 6,9%, respectivamente.


A disputa pela Prefeitura de São Paulo continua aberta, com Ricardo Nunes ganhando terreno, mas ainda dentro de um cenário bastante competitivo. A movimentação nas intenções de voto entre os principais candidatos indica que os eleitores paulistanos estão atentos às campanhas e propostas, e os próximos debates e eventos eleitorais podem ser decisivos para determinar o futuro da cidade.

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