URGENTE: Nova pesquisa Datafolha confirma crescimento de Marçal


 A mais recente pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto para a prefeitura de São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (3), revela um cenário de disputa acirrada entre os três principais candidatos: Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Com a margem de erro de dois pontos percentuais, os três estão tecnicamente empatados, consolidando uma das corridas eleitorais mais competitivas da história recente da capital paulista.


Conforme o levantamento realizado entre os dias 1 e 3 de outubro, Boulos lidera com 26% das intenções de voto, seguido de perto por Nunes e Marçal, ambos com 24%. A margem de erro, porém, deixa em aberto a possibilidade de variações para todos os candidatos, apontando que o resultado das eleições pode ser decidido por pequenos detalhes ou por mudanças de última hora no comportamento do eleitorado.


Movimentações nos Percentuais


A pesquisa Datafolha mostra que a corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo tem se intensificado à medida que a data das eleições se aproxima. Em relação ao levantamento anterior, realizado há algumas semanas, o cenário atual revela mudanças importantes nos percentuais de cada candidato.


Guilherme Boulos, que anteriormente estava com 25%, subiu um ponto, chegando aos 26%. Essa leve alta reflete o crescimento contínuo de sua base eleitoral, impulsionada por sua campanha focada em pautas sociais e no enfrentamento das desigualdades na cidade. O candidato do PSOL tem atraído eleitores que buscam uma alternativa à polarização entre os partidos tradicionais e que desejam mudanças significativas na gestão municipal.


Por outro lado, o atual prefeito Ricardo Nunes sofreu uma leve queda em suas intenções de voto, passando de 27% para 24%. Esse recuo de três pontos pode ser atribuído a um desgaste natural de sua gestão, especialmente após uma série de críticas relacionadas à administração pública e ao enfrentamento de problemas históricos da cidade, como o transporte público e a habitação. No entanto, Nunes ainda mantém uma base sólida, formada principalmente por eleitores que veem em sua candidatura uma continuidade dos projetos em andamento.


Quem mais se destacou na pesquisa foi Pablo Marçal, do PRTB, que apresentou o maior crescimento entre os principais candidatos, subindo de 21% para 24%. Com uma campanha focada em inovação, empreendedorismo e uma proposta de gestão eficiente para a cidade, Marçal tem conseguido captar a atenção de eleitores mais jovens e de uma parcela da população que busca alternativas fora do eixo tradicional entre esquerda e direita. Sua ascensão mostra que sua mensagem tem ressoado em um segmento do eleitorado que busca renovação na política local.


Oscilações Entre os Demais Candidatos


Além dos três principais concorrentes, outros candidatos também mostraram variações em seus percentuais de intenção de voto. Tabata Amaral (PSB), por exemplo, subiu de 9% para 11%, uma alta que reflete o fortalecimento de sua campanha junto a eleitores mais progressistas, especialmente entre os jovens e grupos de maior escolaridade. Tabata tem buscado se posicionar como uma alternativa viável dentro do espectro de centro-esquerda, com foco em pautas educacionais e na igualdade de gênero.


Por outro lado, o jornalista José Luiz Datena (PSDB), que vinha sendo considerado um potencial nome de peso na disputa, caiu de 6% para 4%. Essa queda pode ser explicada pela sua dificuldade em consolidar uma base eleitoral mais ampla, além de uma série de críticas sobre seu preparo para o cargo de prefeito. Datena, que é uma figura conhecida no meio televisivo, não conseguiu até o momento transferir sua popularidade para votos efetivos na corrida eleitoral.


Cenário de Votos Válidos


Quando analisados apenas os votos válidos – excluindo-se brancos e nulos –, a pesquisa apresenta um cenário ligeiramente diferente. Nesse caso, Guilherme Boulos aparece com 29% dos votos válidos, enquanto Ricardo Nunes e Pablo Marçal estão tecnicamente empatados com 26% cada. Esse dado reforça a competitividade da disputa e sugere que qualquer dos três pode chegar ao segundo turno com uma margem apertada.


Simulações de Segundo Turno


Além da disputa no primeiro turno, a pesquisa Datafolha também realizou simulações de segundo turno, revelando um cenário igualmente imprevisível. De acordo com os dados, Ricardo Nunes venceria tanto Guilherme Boulos quanto Pablo Marçal em eventuais confrontos diretos. No embate entre Nunes e Boulos, o atual prefeito venceria por uma margem estreita, destacando a polarização existente entre seus eleitores.


No entanto, em um cenário de segundo turno entre Boulos e Marçal, o candidato do PSOL sairia vitorioso, indicando que ele tem maior capacidade de agregar votos de eleitores que buscam mudanças mais substanciais na cidade. Já Marçal, embora em ascensão, enfrentaria dificuldades em um segundo turno contra Nunes ou Boulos, dado seu perfil mais outsider e sua menor penetração entre eleitores tradicionais.


Análise do Cenário Eleitoral


O cenário atual das eleições para a prefeitura de São Paulo revela uma disputa acirrada e aberta, onde o desempenho dos candidatos nas últimas semanas será crucial para definir os rumos da eleição. O crescimento de Guilherme Boulos e Pablo Marçal mostra que a busca por alternativas à política tradicional é um tema forte entre os eleitores paulistanos, enquanto Ricardo Nunes, embora enfrentando desgaste, ainda mantém uma posição competitiva, especialmente com seu desempenho nas simulações de segundo turno.


Com a margem de erro de dois pontos percentuais, o cenário de empate técnico entre os três candidatos principais reflete a fragmentação do eleitorado e a complexidade da escolha para os paulistanos. Além disso, a ascensão de candidatos como Tabata Amaral indica que há espaço para pautas mais específicas, como educação e inovação, o que pode influenciar o comportamento dos eleitores na reta final da campanha.


A pesquisa Datafolha, com um nível de confiança de 95%, deixa claro que a disputa pela prefeitura de São Paulo ainda está longe de ser decidida. Com os três principais candidatos tecnicamente empatados, o resultado final dependerá de como cada um conduzirá sua campanha nos últimos dias antes da eleição. A mobilização das bases eleitorais e o desempenho em debates e eventos públicos podem ser fatores decisivos para desempatar essa corrida.


Neste contexto, a capital paulista se prepara para uma das eleições mais incertas e disputadas dos últimos tempos, onde pequenos detalhes poderão fazer toda a diferença. Enquanto isso, eleitores indecisos e oscilações no cenário político podem criar reviravoltas surpreendentes até o dia das eleições.

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