URGENTE: Nunes com 24%, Boulos tem 23% e Marçal 21%


Faltando menos de uma semana para o primeiro turno das eleições municipais de 2024, a corrida pela prefeitura de São Paulo se intensifica. Uma nova pesquisa do instituto Quaest, divulgada em 30 de setembro de 2024, revela um cenário de disputa acirrada entre os principais candidatos. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), lidera com 24% das intenções de voto, seguido de perto pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com 23%, e pelo influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), com 21%. Os três candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, o que torna o resultado imprevisível.


Essa pesquisa estimulada, na qual os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores, indica que a eleição pode ser decidida por detalhes, com uma forte possibilidade de segundo turno. Brancos e nulos somam 8%, enquanto 6% dos eleitores ainda se dizem indecisos.


Desempenho dos Candidatos


A pesquisa anterior, realizada em 24 de setembro, mostrava um cenário semelhante, com Nunes registrando 25%, Boulos com 23% e Marçal com 20%. A diferença nesta nova rodada foi o crescimento de Marçal, que subiu um ponto percentual, aproximando-se ainda mais dos líderes. O aumento da amostra de entrevistados — de 1.200 para 1.800 eleitores — pode ter proporcionado maior precisão ao levantamento atual, embora o empate técnico persista.


No grupo secundário de candidatos, a deputada Tabata Amaral (PSB) apresenta um crescimento significativo, passando de 8% para 11% das intenções de voto. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) mantém seus 6%, enquanto Marina Helena (Novo), economista e candidata pelo partido Novo, aparece com apenas 2%. Nenhum dos outros candidatos pontuou de maneira relevante nesta pesquisa.


Pesquisa Espontânea


Quando os eleitores não recebem uma lista de candidatos, Guilherme Boulos lidera com 17% das intenções de voto, seguido por Pablo Marçal e Ricardo Nunes, ambos com 14%. Esse cenário espontâneo reflete uma leve vantagem de Boulos entre eleitores que já têm sua escolha definida sem a influência de listas estimuladas. Tabata Amaral aparece em terceiro lugar, com 4%, o que confirma seu fortalecimento na reta final da campanha. A taxa de indecisos permanece alta, com 45% dos eleitores ainda sem definir em quem votar.


Cenários para o Segundo Turno


A pesquisa Quaest também simulou cenários para o segundo turno. No confronto entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito venceria com 49% das intenções de voto, contra 33% do psolista. Esse resultado mantém a vantagem de Nunes em relação à pesquisa anterior, onde a diferença era a mesma. Já no cenário entre Nunes e Pablo Marçal, o emedebista também levaria a melhor, com 53% contra 26% de Marçal.


O único cenário em que Ricardo Nunes não venceria seria um possível segundo turno entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Neste caso, Boulos venceria com 41% das intenções, enquanto Marçal ficaria com 36%. Esses números sugerem que Marçal enfrenta dificuldades para ampliar sua base de apoio entre eleitores que rejeitam tanto Nunes quanto Boulos.


Rejeição dos Candidatos


A pesquisa de rejeição, fundamental em uma eleição acirrada como a de São Paulo, mostra que José Luiz Datena é o candidato com maior índice de rejeição, com 68% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Datena tem se mantido nessa posição ao longo das pesquisas anteriores, o que dificulta suas chances de crescimento na reta final.


Pablo Marçal também apresenta um índice elevado de rejeição, com 52% dos eleitores dizendo que não votariam nele. Esse número cresceu dois pontos percentuais em relação à pesquisa de 24 de setembro, o que pode explicar sua estagnação nas intenções de voto espontâneas. Guilherme Boulos, por sua vez, tem uma rejeição de 49%, ligeiramente inferior à pesquisa anterior, onde aparecia com 50%.


Ricardo Nunes, atual prefeito, tem o menor índice de rejeição entre os três principais candidatos, com 38%, um ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior. Essa baixa rejeição pode ser um trunfo importante para Nunes, caso ele consiga mobilizar os eleitores indecisos a seu favor. Tabata Amaral também viu sua rejeição crescer de 36% para 37%, embora esse aumento seja considerado dentro da margem de erro.


Cenário Eleitoral de 2024


As eleições de 2024 em São Paulo se destacam não apenas pela competitividade, mas também pela diversidade de perfis entre os principais candidatos. Ricardo Nunes, que busca a reeleição, tem usado sua experiência como prefeito para atrair eleitores mais moderados e alinhados ao centro político. Guilherme Boulos, por outro lado, aposta em sua base militante e nas pautas de esquerda, buscando mobilizar os jovens e eleitores progressistas. Já Pablo Marçal, que emergiu como uma figura popular nas redes sociais, representa uma nova direita com forte apelo entre os evangélicos e conservadores.


A disputa pelo voto evangélico tem sido uma das principais batalhas na eleição paulistana. Uma pesquisa recente do instituto Real Time Big Data mostrou que Marçal lidera entre os eleitores evangélicos, enquanto Nunes e Boulos tentam se aproximar desse eleitorado. Marçal, que se identifica como cristão e já fez declarações públicas sobre fé, jejum e espiritualidade, tem conseguido consolidar seu espaço nesse segmento.


Além disso, a eleição de 2024 também é marcada por um número menor de candidatos em comparação com 2020, o que tem concentrado ainda mais a disputa entre os três principais postulantes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou uma queda no número de candidaturas em todo o Brasil, um reflexo das novas regras eleitorais que endureceram as exigências para a criação de partidos políticos e coligações.


Expectativas para a Reta Final


Com a reta final da campanha em andamento, os próximos dias serão decisivos para determinar quem passará ao segundo turno. A última semana de propaganda eleitoral gratuita e os debates finais poderão influenciar os eleitores indecisos, que ainda representam uma fatia significativa do eleitorado. Além disso, o comportamento das redes sociais e o impacto das campanhas digitais, especialmente entre os candidatos que têm forte presença online, como Pablo Marçal, podem ser fatores determinantes para o desfecho da eleição.


Independentemente do resultado do primeiro turno, o cenário é de incerteza, com três candidatos tecnicamente empatados e uma eleição que promete ser uma das mais disputadas da história recente da capital paulista.
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