O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, uma das principais figuras da Operação Lava Jato, voltou a se posicionar nas redes sociais, gerando repercussão com uma declaração intrigante. Na última postagem, Deltan trouxe um comentário sobre uma reportagem publicada pelo jornal norte-americano The New York Times, abordando uma escolha do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode afetar diretamente a relação entre Brasil e EUA. A notícia em questão, compartilhada por Deltan em tom alarmante, se refere à nomeação de um novo Secretário de Estado dos EUA que, segundo ele, teria uma visão crítica em relação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na publicação, Deltan usou um tom provocador ao dizer: “Moraes nunca mais vai dormir”. Ele se referia ao fato de que o escolhido por Trump para o cargo teria, em algum momento, chamado Moraes de “autoritário” e o apontado como uma ameaça à estabilidade democrática. Ainda segundo Deltan, a nomeação pode representar um risco para a “relação bilateral” entre os Estados Unidos e o Brasil, sinalizando que a visão crítica desse novo Secretário de Estado pode interferir nas interações diplomáticas entre os países.
Para esclarecer o assunto, Deltan Dallagnol também compartilhou um vídeo em seu canal no YouTube, onde analisou em maior profundidade o contexto da escolha de Trump e as possíveis implicações para o Brasil. No vídeo, o ex-procurador da Lava Jato comentou sobre os motivos que podem ter levado Trump a selecionar um secretário com posições contrárias ao ministro brasileiro. Segundo Deltan, essa decisão se insere num quadro mais amplo de tensão entre alas conservadoras e progressistas em ambos os países, ressaltando o impacto da visão política dos EUA nas questões internas do Brasil. O ex-procurador destacou que Alexandre de Moraes, com suas decisões recentes no STF, tornou-se alvo de críticas por parte de movimentos conservadores e aliados de Trump, sendo visto por muitos como um emblema de autoritarismo e de interferência no âmbito de liberdades individuais.
Deltan, que tem um histórico de embates contra o STF, viu nessa nomeação um sinal de apoio ao que chama de "luta pela liberdade de expressão e contra o autoritarismo" no Brasil. Ele argumenta que a crítica feita pelo novo Secretário de Estado dos EUA reflete uma preocupação legítima com a maneira como o sistema judiciário brasileiro tem lidado com figuras públicas e influenciadores alinhados à direita política. Em sua análise, Deltan questionou se essa posição crítica de um oficial tão próximo ao governo dos EUA poderia provocar alguma mudança na postura internacional em relação ao Brasil, além de levantar questões sobre como a diplomacia brasileira reagirá a essa nomeação.
O ex-deputado também contextualizou as decisões de Alexandre de Moraes dentro do cenário político brasileiro, mencionando casos em que o ministro atuou para combater a desinformação e limitar atos que, na sua interpretação, ameaçavam a ordem democrática. Para Deltan, no entanto, tais ações são vistas como controversas e, segundo ele, têm contribuído para um clima de "medo" e "censura" no Brasil. Na sua visão, ao criticar Moraes, o novo Secretário de Estado estaria destacando preocupações que vão além das fronteiras brasileiras, ampliando a discussão sobre o que ele chama de "ameaça global ao livre pensamento e expressão".
A notícia do The New York Times, citada por Deltan, não especifica se o novo Secretário de Estado possui um plano específico em relação ao Brasil, mas o ex-procurador sugeriu que a postura crítica dele pode desencadear reações diversas em ambos os países. No vídeo, Deltan destacou que, em momentos de mudança política, as escolhas de altos cargos em governos de grande influência global, como o dos EUA, costumam refletir interesses estratégicos e ideológicos. Assim, ele acredita que a escolha desse novo secretário não foi aleatória, mas sim uma mensagem intencional de Trump para o mundo.
Ainda que a notícia traga certa tensão, Deltan finalizou o vídeo tentando tranquilizar sua audiência, dizendo que o Brasil ainda é um país soberano e que, embora haja críticas internacionais, cabe aos brasileiros decidir sobre suas próprias instituições. Ele ressaltou, porém, que a troca de governo nos Estados Unidos pode gerar um novo olhar sobre o Brasil, especialmente se figuras como Alexandre de Moraes continuarem a atrair a atenção de figuras de alto escalão nos EUA.
Por fim, Deltan sugeriu que seus seguidores acompanhem os próximos passos dessa relação bilateral, pois, na sua avaliação, as ações do novo Secretário de Estado dos EUA podem vir a influenciar a dinâmica política entre os dois países. Ele ainda incentivou seus seguidores a discutirem o tema, argumentando que a democracia se fortalece com o debate e a conscientização sobre temas internacionais.
A postagem de Deltan gerou engajamento imediato nas redes, com internautas divididos entre os que apoiam sua crítica e os que defendem a atuação do Supremo Tribunal Federal e de Alexandre de Moraes. A escolha do novo Secretário de Estado dos EUA e sua postura crítica em relação ao Brasil prometem ser assunto recorrente entre analistas políticos e influenciadores, sinalizando que as relações diplomáticas entre os dois países podem enfrentar um novo capítulo repleto de tensões e ajustes.