Denúncia grave aponta quem está por trás do bloqueio das denúncias contra Moraes na OEA


 O senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez declarações polêmicas ao afirmar que as denúncias apresentadas por parlamentares brasileiros à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), estão sendo bloqueadas por uma suposta interferência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Segundo o parlamentar, o chefe de Estado americano teria atuado em parceria com o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para influenciar as eleições presidenciais de 2022 no Brasil.


De acordo com Marcos do Val, Biden e Moraes teriam trabalhado juntos para manipular as redes sociais e viabilizar ações que garantissem o resultado das eleições. O senador prometeu apresentar documentos que comprovariam essas acusações, mas apenas após a posse do presidente eleito Donald Trump, prevista para janeiro do próximo ano. “O presidente Biden, junto com Alexandre de Moraes no Superior Tribunal Eleitoral, manipulando as redes sociais, e o presidente Biden fazendo com que fosse dada toda a estrutura para que ele [Moraes] continuasse fazendo o que ele vem fazendo até hoje”, afirmou.


Do Val também declarou que o governo dos Estados Unidos exerce forte influência sobre instituições internacionais, como a OEA, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e até o Tribunal Penal Internacional, por meio de sua diplomacia. Ele apontou que essa influência estaria sendo utilizada para bloquear as denúncias contra Alexandre de Moraes, que, segundo o senador, vem cometendo abusos de poder e violando a Constituição brasileira. “Essas instituições todas são conduzidas pelo governo americano por causa da sua diplomacia. Tanto é que, recentemente, o próprio Capitólio falou que, se a OEA não se movimentar, vai ter corte de verbas. Ou seja, os Estados Unidos mantêm essas instituições”, disse.


O parlamentar criticou duramente a postura de Biden e acusou o presidente de atuar para blindar Moraes das denúncias de abuso de poder. Do Val também apontou que a suspensão de seu salário e de suas contas nas redes sociais, determinada por Alexandre de Moraes, seria uma tentativa de censurá-lo. “Nunca, na história do planeta, um senador da República teve o seu salário suspenso, e a gente vê juízes que cometem crimes, ilegalidades, que são afastados com a aposentadoria e continuam recebendo salário, mesmo oficialmente tendo cometido algum crime. E comigo não houve absolutamente nada, somente a tentativa de me censurar por conta de, exatamente, eu ter acesso a documentos que provam tudo o que eu tinha falado”, declarou.


A situação envolvendo Alexandre de Moraes e as denúncias feitas por Marcos do Val parece estar se intensificando. De acordo com fontes do Supremo Tribunal Federal, Moraes estaria preocupado com o desdobramento das acusações e com a possibilidade de ter seu visto americano revogado. Em uma conversa com outros ministros do STF, o magistrado teria reagido com ironia às declarações do senador, mas, segundo Do Val, os risos do ministro seriam, na verdade, um reflexo de “pavor” diante do que estaria por vir.


O senador afirmou ainda que as instituições internacionais devem reagir em breve, uma vez que, segundo ele, o cenário está se desenhando de forma desfavorável para o ministro do Supremo. “O cerco está se fechando”, declarou, reforçando que a situação de Moraes pode se complicar à medida que mais provas venham à tona.


As acusações de Do Val, que envolvem tanto o presidente dos Estados Unidos quanto um dos principais ministros do STF, levantam questões sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e sobre a condução das eleições de 2022. No entanto, as declarações do senador também têm gerado críticas, com especialistas apontando a necessidade de apresentar provas concretas para sustentar tais acusações. Até o momento, nem a Casa Branca nem o Tribunal Superior Eleitoral se manifestaram sobre as alegações.


O cenário político brasileiro continua polarizado, e as declarações de Marcos do Val refletem o ambiente de tensão e desconfiança que persiste no país desde as eleições. Enquanto isso, a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, citada pelo senador como um marco para a apresentação de novas provas, promete aumentar as expectativas em torno do caso.

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