Alexandre Garcia, um dos jornalistas mais respeitados e experientes do país, voltou a criticar a postura dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando comportamentos que, segundo ele, são incompatíveis com o papel que deveriam exercer como magistrados. Em um vídeo que repercutiu amplamente nas redes sociais, Garcia não poupou palavras para expressar sua insatisfação com a atuação de alguns integrantes da Suprema Corte, que, em sua avaliação, estariam agindo mais como advogados militantes do que como juízes imparciais.
Segundo o jornalista, a imparcialidade deveria ser a essência de um magistrado, especialmente no STF, onde decisões impactam diretamente a sociedade e definem os rumos do país. Contudo, ele observa que o que se vê atualmente é uma postura que ultrapassa os limites da magistratura. Para Garcia, há ministros que utilizam sua posição na corte para expressar opiniões políticas e até defender determinadas agendas, algo que seria incompatível com o papel que lhes foi confiado.
Em suas palavras, Garcia afirmou: "Juiz do Supremo tem que ser juiz de carreira, porque a natureza dele é a imparcialidade. Já a natureza do advogado é defender uma causa." A frase gerou grande repercussão, ecoando entre apoiadores que compartilham da mesma visão crítica em relação à atual composição do STF. Para muitos, a declaração do jornalista reflete o sentimento de boa parte da população, que tem demonstrado crescente insatisfação com decisões controversas tomadas pelo tribunal.
O vídeo, compartilhado em plataformas como Facebook, Whatsapp, Telegram e Twitter, trouxe à tona um debate que há muito tempo paira sobre a sociedade brasileira: o papel e os limites de atuação dos ministros do STF. As críticas não se limitam apenas ao comportamento individual, mas também ao processo de indicação para a corte. Alexandre Garcia e outros críticos apontam que o atual modelo de escolha de ministros, baseado em indicações políticas, compromete a imparcialidade necessária para o exercício do cargo.
A questão levantada pelo jornalista também trouxe à tona discussões sobre a necessidade de reformular as regras para a escolha de ministros. Muitos defendem que apenas juízes de carreira, com ampla experiência e trajetória no Judiciário, deveriam ocupar as cadeiras do Supremo. Atualmente, o sistema permite que juristas e advogados sejam indicados, o que, na visão de Garcia, acaba contribuindo para o que ele chamou de "advogados militantes" no STF.
Garcia não foi o único a criticar a atuação de certos ministros. Nos últimos meses, várias decisões da Suprema Corte têm gerado controvérsia e alimentado a polarização política no país. Para os críticos, há um evidente alinhamento ideológico em algumas decisões, o que compromete a credibilidade da instituição e alimenta a desconfiança da população.
Entre os episódios mais questionados estão decisões que, segundo os críticos, extrapolam os limites constitucionais e invadem a competência de outros poderes, como o Legislativo e o Executivo. Esse tipo de postura, segundo Alexandre Garcia, enfraquece a democracia e gera um perigoso desequilíbrio entre os poderes da República. "O que estamos vendo é um tribunal que deixou de ser um guardião da Constituição para se tornar um protagonista político. Isso é inaceitável em uma democracia", destacou o jornalista.
A fala de Garcia também reacendeu o debate sobre o papel da mídia na fiscalização e crítica aos poderes. Muitos consideram que a imprensa desempenha um papel fundamental ao expor comportamentos inadequados e questionar decisões que não estão em conformidade com os princípios democráticos. No entanto, há quem critique a postura do jornalista, argumentando que suas declarações podem inflamar ainda mais a polarização política e alimentar discursos contrários à independência do Judiciário.
Apesar das críticas, Alexandre Garcia mantém firme sua posição e reafirma a importância de juízes com experiência e comprometimento com a imparcialidade. Ele acredita que, sem mudanças estruturais, a confiança da população na Suprema Corte continuará sendo abalada. Para ele, o atual momento exige uma reflexão profunda sobre o sistema judiciário brasileiro e as práticas que vêm sendo adotadas no STF.
A repercussão do vídeo do jornalista mostra que o tema ainda é sensível e divide opiniões. Enquanto uma parcela da sociedade apoia as críticas e defende mudanças no sistema de indicação de ministros, outra acredita que as decisões da corte devem ser respeitadas, mesmo quando não agradam determinados grupos políticos. O fato é que o Supremo Tribunal Federal segue no centro do debate político nacional, e as discussões sobre seu papel, limites e composição estão longe de serem encerradas.
Com sua crítica contundente, Alexandre Garcia trouxe novamente à tona questões fundamentais sobre o equilíbrio entre os poderes e a importância da imparcialidade no Judiciário. Seu posicionamento reflete a inquietação de muitos brasileiros que esperam ver no STF um exemplo de ética, imparcialidade e respeito à Constituição. Por outro lado, as controvérsias em torno do tema mostram que o debate sobre o papel do tribunal e suas decisões continuará sendo uma questão central na política brasileira.