Eis a total hipocrisia de Lula que quer "acabar com a fome", mas se cala diantes dos milhões gastos no 'Janjapalooza'


 O senador Cleitinho (Republicanos-MG) fez duras críticas ao governo federal, especialmente ao uso de recursos públicos em eventos de grande porte, como o Aliança Global Festival, que ocorreu no Rio de Janeiro recentemente. O evento, também conhecido como 'Janjapalooza', foi realizado às vésperas da cúpula do G20, e o valor estimado gasto pelo governo no festival foi de cerca de R$ 30 milhões. O senador não poupou palavras ao questionar o gasto desse montante, especialmente em um momento em que o presidente Lula tem se mostrado preocupado com questões como o combate à fome no Brasil.


Em seu discurso, Cleitinho questionou a coerência do governo em suas ações, considerando o gasto com o festival diante da declaração do presidente sobre o compromisso de acabar com a fome no país. "O atual presidente da República hoje disse que quer acabar com a fome. [...] Senhor presidente Lula, você quer acabar com a fome? Como é que você vai acabar com a fome, principalmente aqui no Brasil, com um evento desse, gastando R$ 30 milhões?", desabafou o parlamentar, que criticou o fato de várias estatais estarem patrocinando o festival com dinheiro público, apesar da situação financeira instável dessas empresas, que apresentam déficits nos cofres públicos.


Cleitinho também apontou que algumas dessas estatais não têm sido transparentes quanto aos valores gastos, o que, segundo ele, agrava ainda mais a situação. "Essas estatais, dando rombo nos cofres públicos, dando déficit aos cofres públicos. E o pior de tudo: algumas estatais não querem divulgar o que gastaram", afirmou, levantando um ponto importante sobre a falta de transparência nos gastos públicos.


O senador também fez uma reflexão sobre a gestão fiscal do governo, mencionando a realização dos Jogos do Brics, evento multiesportivo que o Brasil sediará em breve. De acordo com Cleitinho, o governo federal planeja investir R$ 50 milhões na competição, o que, para ele, é um valor excessivo, especialmente em um contexto de cortes em programas sociais essenciais, como o Bolsa Família e o auxílio-gás. "Só querem cortar do povo. Cortaram o auxílio-gás, querem cortar o Bolsa Família e, agora, querem reduzir o salário mínimo", apontou, destacando que a população mais vulnerável é quem mais sofre com esses ajustes.


Em seguida, Cleitinho fez uma comparação com os investimentos do governo em outras áreas, como a compra de um novo avião presidencial, estimado em mais de R$ 1 bilhão. "Como é que está faltando dinheiro se tem dinheiro para comprar um avião de mais de R$ 1 bilhão para o Lula viajar com a primeira-dama?", questionou, criticando a prioridade dada pelo governo aos luxos e ao prestígio, enquanto enfrenta dificuldades financeiras em áreas essenciais. Ele enfatizou que os políticos, especialmente aqueles que ocupam cargos de liderança, deveriam dar o exemplo, cortando de suas próprias despesas antes de fazerem ajustes que afetam diretamente a população.


O senador também fez um apelo aos seus colegas e à sociedade para refletirem sobre as prioridades do governo. "Isso está errado! Um representante do povo, um líder de uma nação que tem pessoas miseráveis, que passam fome. Os primeiros a dar bom exemplo somos nós, somos os políticos. Somos nós que temos que cortar da própria carne", disse Cleitinho, sugerindo que o governo deveria adotar medidas de austeridade dentro dos próprios Três Poderes, antes de propor cortes que atingem diretamente os mais pobres.


A fala de Cleitinho vem em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta uma crescente pressão em relação ao controle das finanças públicas e à alocação de recursos em projetos considerados de baixo retorno social. A crítica ao gasto público em eventos de grande escala, enquanto programas de assistência social enfrentam cortes, reacende o debate sobre a eficiência do governo na gestão de recursos e a necessidade de maior responsabilidade fiscal.


O debate sobre os gastos públicos e a transparência na gestão dos recursos estatais continua a ser um tema central, especialmente em um cenário de instabilidade econômica e de escassez de recursos para áreas essenciais. A oposição, como o senador Cleitinho, insiste que o governo deve priorizar a responsabilidade fiscal e o bem-estar da população, em vez de investir em luxos ou em eventos que, segundo eles, não contribuem diretamente para a melhoria das condições de vida dos brasileiros.
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