A Polícia Federal revelou detalhes alarmantes de um plano elaborado por membros das Forças Especiais para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O plano, denominado "Punhal Verde e Amarelo", foi descoberto após uma operação que resultou na prisão de cinco envolvidos, incluindo o general reformado Mário Fernandes, três militares das Forças Especiais e um policial federal.
O plano, que demonstrou uma clara intenção de desestabilizar o governo eleito, tinha como alvos principais o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Moraes. De acordo com os documentos apreendidos pela PF, os envolvidos identificaram os alvos por codinomes: Lula era referido como "Jeca", Alckmin como "Joca" e Moraes como "obstáculo" ao golpe. Para alcançar seus objetivos, os conspiradores consideravam métodos de ataque como envenenamento e uso de explosivos, além de armamento pesado, incluindo pistolas, fuzis, metralhadoras e lança-granadas. No caso de Moraes, os planos incluíam ataques mais agressivos, como explosões durante eventos públicos.
Os detalhes do plano indicam que a morte de Lula tinha como objetivo principal desestabilizar o governo e gerar um vácuo de poder. O assassinato de Alckmin, por sua vez, visava extinguir legalmente a chapa vencedora nas eleições, enquanto a morte de Moraes era vista como uma forma de neutralizar um dos maiores obstáculos à execução de um golpe de Estado. Para os conspiradores, a possibilidade de danos colaterais, como a morte de seguranças e até mesmo dos próprios executores do plano, era totalmente aceitável, desde que o objetivo de desmantelar o governo fosse atingido.
A operação que levou à prisão dos suspeitos foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que, como parte do alvo do plano, supervisionou a ação da Polícia Federal. A PF ressaltou que o plano tinha características claramente terroristas, além de revelar um alto nível de organização e conhecimento técnico-militar. O envolvimento de militares das Forças Especiais e de um policial federal demonstrou que a conspiração era mais do que um simples ato isolado, mas parte de uma estratégia mais ampla para facilitar um golpe de Estado e mudar o cenário político nacional.
O general Mário Fernandes, descrito como o “guardião” do plano, teve um papel central na execução do ataque. Ele detalhou, em documentos apreendidos pela PF, o armamento necessário para os ataques e forneceu instruções sobre como evitar a detecção, além de discutir as possíveis táticas e locais para os ataques. O plano, em sua essência, era um movimento radical contra o governo democraticamente eleito e visava impor uma mudança política drástica no país.
Além da descoberta do plano, a investigação da Polícia Federal também expôs o envolvimento de outros membros das Forças Armadas, com especial destaque para os militares das Forças Especiais. Estes militares, que têm um alto nível de treinamento, eram vistos como peças-chave na execução do plano, com a função de garantir que os ataques fossem realizados de forma eficiente e com o mínimo de falhas.
A revelação do plano gerou uma série de reações políticas no Brasil, com muitos líderes e autoridades do governo expressando preocupação com a gravidade da situação. A confirmação de que havia uma tentativa de golpe organizada por membros das Forças Armadas e da Polícia Federal gerou um alerta sobre a estabilidade do governo e sobre a integridade das instituições democráticas do país. A operação da PF é vista como uma resposta necessária a um risco iminente de atentado à democracia brasileira.
Embora o plano tenha sido frustrado com as prisões dos envolvidos, a Polícia Federal segue investigando o caso, já que ainda existem outras questões pendentes, incluindo o possível envolvimento de outras figuras importantes no esquema. O governo federal, por meio do presidente Lula, manifestou apoio total à operação da PF e ressaltou a importância de garantir a segurança das autoridades e a proteção da democracia.
A descoberta de um plano tão ousado de assassinato e golpe de Estado reflete um clima tenso no Brasil, onde a polarização política continua a ser um desafio para a estabilidade nacional. Embora a operação tenha sido um sucesso, as autoridades ainda alertam para a possibilidade de outros grupos radicais estarem em ação, o que coloca em risco a continuidade do governo e o funcionamento das instituições democráticas.
Com o desenrolar das investigações, o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro foi mencionado por alguns envolvidos como possível tentativa de vinculação a esses eventos. No entanto, até o momento, não há evidências concretas de envolvimento direto de Bolsonaro nas ações investigadas, e as autoridades continuam a focar nas prisões e nas provas coletadas.
O episódio levanta questões profundas sobre a integridade das forças armadas e das instituições de segurança pública no Brasil, e a resposta do governo e da Polícia Federal será crucial para garantir que tais ameaças sejam neutralizadas de forma eficaz e que a democracia seja protegida em todas as suas frentes.