O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, comemorou publicamente a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. O parlamentar celebrou o retorno do ex-presidente americano à Casa Branca como um sinal de fortalecimento da onda conservadora mundial e traçou paralelos com o cenário político brasileiro. Para Eduardo, o êxito de Trump pode representar um marco em um novo ciclo global de governos conservadores, que ele acredita incluir o Brasil.
Durante um pronunciamento recente, Eduardo Bolsonaro destacou que o ex-presidente americano voltou ao cenário político mais fortalecido e influente do que nunca, o que, segundo ele, abre espaço para imaginar um movimento similar no Brasil. "Ele [Trump] voltou mais forte do que nunca. Não custa imaginar que isso pode acontecer no Brasil também", declarou o deputado. Eduardo sugere que a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 talvez tenha sido parte de um plano maior, que ele atribui a um "propósito divino". Em sua visão, o resultado das últimas eleições poderia estar preparando o país para um retorno conservador ainda mais estruturado e alinhado com uma tendência internacional.
O parlamentar, que frequentemente expressa apoio a causas e lideranças da direita global, vê na volta de Trump uma oportunidade de reavivar o movimento conservador no Brasil. Eduardo projeta um cenário político diferente para 2026, com uma conjuntura mais favorável para a direita e o fortalecimento de alianças estratégicas. Ele acredita que a base conservadora brasileira poderá contar com maior representatividade, com apoio majoritário tanto na Câmara quanto no Senado, além de uma rede de aliados no exterior. "Com maioria na Câmara, no Senado e aliados internacionais, poderemos ver o Brasil alinhado com líderes como Milei na Argentina e Trump nos EUA", afirmou Eduardo, reforçando a perspectiva de que o mundo está, em suas palavras, "caminhando para ser mais conservador".
Eduardo esteve recentemente nos Estados Unidos, onde acompanhou de perto o processo eleitoral e participou do evento de apuração dos votos junto à equipe de Trump. Ele compartilhou detalhes de sua experiência, exaltando o entusiasmo e a força dos apoiadores de Trump e relatando um clima de otimismo e confiança entre os conservadores americanos. Segundo o deputado, a postura de Trump e sua base de apoio refletem valores que vão ao encontro do que ele acredita serem os anseios de parte da sociedade brasileira, que busca uma liderança mais alinhada com os princípios conservadores e com uma política externa independente e assertiva.
Eduardo Bolsonaro também criticou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que parabenizou Donald Trump pela vitória. Em uma reação irônica à postura de Lula, Eduardo questionou o gesto do presidente, associando o ex-presidente americano a ideologias extremistas e criticando o que ele considerou ser uma incongruência na política externa do atual governo brasileiro. “Desejando sorte a governo nazista?”, provocou o deputado, sugerindo que o alinhamento de Lula com Trump poderia ser interpretado como uma postura contraditória do líder petista, que historicamente se posiciona contra pautas conservadoras.
Para Eduardo, a vitória de Trump representa mais do que uma conquista eleitoral nos Estados Unidos; ela simboliza o ressurgimento de uma força política conservadora que tem potencial para reverberar em vários países, inclusive no Brasil. Ele acredita que a partir dessa nova conjuntura, os conservadores brasileiros podem ganhar fôlego e reorganizar sua base para uma eventual retomada do poder em 2026. O deputado federal defende que, com o cenário internacional e o retorno de líderes como Trump e a possível ascensão de figuras como Javier Milei na Argentina, o Brasil estaria diante de uma nova configuração de alianças que reforçariam uma agenda de valores tradicionais e políticas de direita.
Nas redes sociais, a postura de Eduardo Bolsonaro em relação à vitória de Trump gerou repercussão e dividiu opiniões. Enquanto alguns apoiadores celebraram as declarações e vislumbraram uma possível mudança no cenário político brasileiro, críticos questionaram as interpretações do deputado e sua confiança em uma onda conservadora global. Especialistas em política internacional ponderam que, embora o retorno de Trump possa ter impactos em alianças políticas, a configuração global atual envolve uma diversidade de forças e interesses que vão além das ideologias nacionais.
Eduardo Bolsonaro concluiu seu pronunciamento destacando a importância de uma "estratégia consolidada" para o futuro da direita no Brasil. Para ele, o que está em jogo não é apenas uma questão de alternância de poder, mas uma transformação na forma como os países se posicionam no cenário internacional. Ele defendeu a necessidade de reforçar os vínculos entre os países que compartilham dos mesmos valores conservadores, criando o que chamou de uma "rede global de lideranças comprometidas com a liberdade e a tradição". Ao vislumbrar um horizonte de mudanças políticas em 2026, Eduardo afirma que o Brasil precisa estar preparado para acompanhar essa nova configuração e integrar-se a uma rede de cooperação que, segundo ele, poderia assegurar ao país um papel relevante em uma nova era de políticas conservadoras no mundo.
A vitória de Trump e a perspectiva de um futuro alinhamento entre Brasil, Estados Unidos e outros países com governos conservadores como a Argentina de Milei, de acordo com Eduardo, trazem uma nova esperança para eleitores e apoiadores da direita no Brasil, que acreditam na possibilidade de ver novamente uma liderança conservadora na presidência brasileira nos próximos anos.