Com total silêncio de Lula, ceia de Natal fica mais cara


 O Natal é tradicionalmente uma época marcada por confraternizações, trocas de presentes e a esperada ceia, que reúne famílias e amigos em torno de pratos típicos. No entanto, neste ano, os brasileiros terão que lidar com um aumento significativo no custo desses alimentos. De acordo com um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a ceia de Natal ficou 9,54% mais cara em comparação ao final do ano passado.


O estudo aponta que diversos fatores contribuíram para esse aumento expressivo nos preços, refletindo a alta inflação acumulada nos últimos meses e a volatilidade econômica enfrentada pelo país. Produtos tradicionais da ceia, como carnes, frutas e bebidas, apresentaram uma elevação significativa em seus valores, o que deve impactar diretamente no orçamento das famílias que desejam manter as tradições natalinas.


Entre os itens que registraram as maiores altas estão as carnes, em especial o peru e o tender, pratos que costumam ser os protagonistas das ceias brasileiras. As aves natalinas, que geralmente ocupam o centro da mesa, tiveram um aumento expressivo, atribuído principalmente aos custos de produção e à alta nos preços dos insumos, como ração e transporte. Além disso, cortes bovinos, como picanha e maminha, também ficaram mais caros, o que pode levar muitas famílias a buscarem alternativas mais acessíveis.


As frutas, que também têm um papel importante na ceia, não ficaram de fora da elevação de preços. Uvas, ameixas, pêssegos e outras frutas típicas da época sofreram aumentos consideráveis, resultado da sazonalidade e de problemas climáticos que afetaram as colheitas em diversas regiões produtoras. Esse cenário também refletiu no preço das frutas secas e castanhas, tradicionais em mesas natalinas, que seguem apresentando um custo elevado devido à alta demanda e à dependência de importações.


Além disso, as bebidas, como vinhos, espumantes e refrigerantes, registraram aumentos significativos, tornando o brinde de Natal mais caro. As bebidas alcoólicas, em especial, foram impactadas tanto pela alta dos custos de importação quanto pela elevação de impostos, dificultando o acesso a rótulos mais sofisticados. Já os refrigerantes e sucos, opções não alcoólicas populares nas celebrações, tiveram seus preços impactados pelos custos de produção e transporte, assim como outros produtos alimentícios.


Especialistas ouvidos pela FecomercioSP destacam que o aumento generalizado nos preços está diretamente ligado à inflação acumulada ao longo do ano, que atingiu diversos setores da economia. O cenário internacional, marcado por instabilidades, também influenciou a elevação de custos de insumos e combustíveis, refletindo diretamente nos valores finais ao consumidor. Outro fator importante é a pressão cambial, que encarece produtos importados e aqueles cuja produção depende de insumos comprados no exterior.


Diante desse cenário, muitas famílias devem buscar alternativas para driblar os altos preços e manter a tradição da ceia de Natal. A substituição de pratos mais caros por opções mais acessíveis tem sido apontada como uma solução viável. Frango assado, por exemplo, pode ser uma alternativa ao tradicional peru, enquanto frutas da estação, como abacaxi e melancia, podem substituir as opções importadas ou fora de safra. Além disso, a busca por promoções e a antecipação das compras são estratégias que podem ajudar a economizar.


A FecomercioSP recomenda que os consumidores planejem suas compras com antecedência, evitando deixar para adquirir os itens da ceia muito próximo ao Natal, período em que os preços tendem a subir ainda mais devido à alta demanda. Fazer uma lista detalhada do que será necessário, pesquisar preços em diferentes estabelecimentos e considerar a compra em mercados locais ou feiras livres também são dicas úteis para minimizar os gastos.


Apesar do aumento nos custos, especialistas ressaltam que o verdadeiro espírito natalino vai além da ostentação de uma ceia farta. Momentos de união e celebração entre familiares e amigos continuam sendo o principal significado dessa data, e é possível adaptar o cardápio sem comprometer a alegria da ocasião.


Embora o cenário atual traga desafios para a realização da ceia tradicional, o otimismo ainda prevalece entre os brasileiros, conhecidos por sua criatividade e capacidade de adaptação. Mesmo diante do aumento de 9,54% nos custos, muitas famílias buscarão formas de manter viva a tradição natalina, seja ajustando o cardápio ou optando por celebrações mais simples, mas igualmente significativas.


Com o Natal se aproximando, o desejo de renovação e esperança continua forte, motivando os brasileiros a celebrarem a data da melhor forma possível. Afinal, o que realmente importa é o momento de união, gratidão e reflexão que marca essa época do ano. E, mesmo com os desafios impostos pelos altos preços, a essência do Natal permanece intocável.
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