Gleisi mente escandalosamente sobre taxa de juros e acaba desmentida e desmoralizada
Gleisi Hoffmann, em mais uma de suas publicações polêmicas, lançou mão de uma acusação completamente infundada contra Roberto Campos Neto, atribuindo-lhe responsabilidade por um novo aumento da taxa básica de juros. Contudo, há um detalhe importante que passou despercebido por ela: Roberto Campos Neto já não ocupa mais o cargo de presidente do Banco Central, tendo sido sucedido por Gabriel Galípolo.
Em sua postagem nas redes sociais, a parlamentar petista não hesitou em fazer uma afirmação com a qual tentou vincular o aumento da taxa de juros ao Banco Central da gestão anterior. Ela sugeriu que o aumento já havia sido determinado desde dezembro pela direção anterior, insinuando que tal decisão não se baseava nos fundamentos da economia real e afetaria de forma extremamente negativa a população brasileira. De acordo com ela, isso resultaria em uma maior oneração da dívida pública, um sufocamento das famílias endividadas e uma drástica restrição ao acesso ao crédito, o que, em sua visão, dificultaria o crescimento da atividade econômica.
Gleisi ainda pontuou que, mesmo após os choques de juros, o mercado não acreditava mais na eficácia da política contracionista. Ela citou uma projeção do Boletim Focus, que indicava um IPCA de 5,5% para 2025, sem observar uma redução significativa como teria sido prometido. Para ela, a explicação para o comportamento da inflação estaria na taxa de câmbio, e não no crescimento da economia, que seria constantemente punido pelas altas taxas de juros.
Além disso, a deputada fez questão de exaltar o desempenho do Brasil, destacando o crescimento econômico, a geração de empregos e os ajustes fiscais, como se esses fatores validassem sua argumentação. Ela ainda fez uma afirmação, em tom de desafio, sobre o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sugerindo que ele agora enfrentaria o desafio de reposicionar as expectativas do mercado e a orientação da instituição.
Entretanto, a tentativa de descredibilizar o aumento da taxa de juros e atribuí-lo à gestão anterior foi prontamente desmentida pelos leitores. Uma das respostas mais incisivas foi uma explicação clara e precisa sobre o processo de definição da taxa de juros no Brasil. Como explicado por um dos internautas, a taxa de juros não é uma decisão antecipada ou previamente determinada. Mesmo que o Banco Central indique uma tendência em suas reuniões anteriores, a decisão final é tomada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que avalia a situação econômica no momento da reunião e vota em conjunto, levando em conta uma série de variáveis e indicadores econômicos.
Com isso, a postagem de Gleisi Hoffmann se desmoronou diante da realidade do funcionamento do Banco Central e da economia brasileira. Sua acusação, além de desinformada, foi uma tentativa clara de politizar um tema complexo, fazendo uso de uma retórica ideológica e enganosa. A crítica infundada à gestão de Campos Neto, sem levar em consideração que ele já não ocupava mais o cargo, reflete mais uma vez a falta de comprometimento com a veracidade das informações por parte de alguns membros da política nacional.
Por fim, a publicação de Gleisi Hoffmann serve como mais um exemplo de como a desinformação e as acusações infundadas podem ser usadas como ferramentas de ataque político. Ao invés de contribuir para um debate construtivo sobre a política monetária e os desafios econômicos do país, a parlamentar preferiu seguir com uma linha de discurso que não condiz com os fatos, utilizando-se de um tema tão importante para a vida dos brasileiros para promover sua agenda política. Essa postura, no entanto, foi rapidamente desmentida pela própria base de leitores que, com conhecimento e precisão, explicaram os reais mecanismos por trás da decisão da taxa de juros e demonstraram, mais uma vez, que a verdade prevalece diante da desinformação.