A virada de ano de 2025 foi marcada por uma intensa disputa de opiniões nas redes sociais, especialmente em relação às transmissões televisivas dos eventos de Réveillon. Enquanto a apresentação de Anitta em Copacabana, exibida pela Globo, gerou uma avalanche de críticas, o evento "Vira Brasil 2025", transmitido pelo SBT, foi amplamente elogiado. As opiniões divergentes destacaram o contraste entre os dois formatos e reacenderam debates sobre os limites do conteúdo exibido na TV aberta, especialmente em ocasiões consideradas familiares.
A escolha da Globo de transmitir o show de Anitta diretamente do palco montado em Copacabana foi vista por muitos como uma tentativa de atrair um público jovem e antenado nas tendências musicais. No entanto, o conteúdo da apresentação gerou desconforto entre os espectadores. Coreografias ousadas e letras que exploram temas sensuais foram os principais alvos de críticas, especialmente vindas de pais que esperavam uma programação mais adequada para o horário e contexto. “Um verdadeiro show de horrores! Quase como uma bestialidade”, comentou um internauta em uma rede social, ecoando o sentimento de muitos outros que consideraram o espetáculo inapropriado para um evento tradicionalmente associado à união familiar e celebração de um novo ciclo.
Além disso, a escolha da Globo foi apontada por alguns como um reflexo de uma desconexão com o público mais conservador, que busca opções de entretenimento que respeitem valores tradicionais. Essa insatisfação ficou evidente nas redes sociais, onde o termo "Anitta na Globo" ficou entre os assuntos mais comentados durante e após a transmissão. Entre as críticas, muitos afirmaram que a emissora perdeu uma oportunidade de se reinventar e agradar a um público diversificado, optando por uma abordagem que desagradou boa parte dos telespectadores.
Enquanto isso, o SBT seguiu por um caminho completamente diferente, transmitindo o evento "Vira Brasil 2025", realizado pela Primeira Igreja Batista da Lagoinha de Alphaville. Prometendo ser "a maior virada de ano cristã do país", o evento contou com a participação de 15 atrações, entre músicos gospel e pregadores renomados. Durante mais de três horas de transmissão, o público foi presenteado com mensagens de esperança, louvor e momentos de reflexão espiritual, criando uma alternativa significativa para aqueles que desejavam passar a virada de ano em um ambiente mais tranquilo e voltado para valores cristãos.
Nas redes sociais, a escolha do SBT foi amplamente celebrada, com milhares de internautas parabenizando a emissora pela iniciativa. “Finalmente algo que agrega valor e respeita os telespectadores”, escreveu um usuário. Outros destacaram a importância de oferecer opções que atendam a diferentes nichos de audiência, principalmente em datas tão simbólicas como o Réveillon. Para muitos, o evento não apenas preencheu uma lacuna na programação televisiva, mas também reafirmou a relevância da música e da mensagem cristã em um cenário cultural muitas vezes dominado por produções voltadas ao entretenimento secular.
Os elogios ao "Vira Brasil 2025" também contrastaram com a percepção negativa da apresentação da Globo, criando uma narrativa de que o SBT havia compreendido melhor o espírito da ocasião. Além de conquistar um público fiel, a emissora foi apontada como um exemplo de como atender às demandas de uma audiência diversificada sem abrir mão de valores e conteúdos de qualidade.
Especialistas em comunicação analisaram o impacto das transmissões e destacaram a importância de compreender o perfil do público durante eventos como o Réveillon. Enquanto a Globo apostou na popularidade de Anitta para atrair espectadores, o SBT explorou um segmento específico que buscava uma alternativa mais alinhada a princípios religiosos e familiares. Essa estratégia acabou gerando um engajamento positivo nas redes, com muitos afirmando que o evento cristão foi uma das melhores opções de entretenimento da noite.
A polêmica em torno do show de Anitta e o sucesso do "Vira Brasil 2025" refletem uma sociedade cada vez mais polarizada, onde o conteúdo exibido na TV aberta é constantemente avaliado sob diferentes perspectivas e valores. A Globo, por sua vez, enfrenta o desafio de equilibrar sua programação para atender a um público cada vez mais crítico e dividido. Já o SBT, com sua aposta em um evento voltado para a comunidade cristã, conseguiu se posicionar como uma alternativa relevante, mostrando que há espaço para diferentes abordagens dentro do cenário televisivo.
Ao final da noite, a disputa não foi apenas entre duas emissoras, mas entre visões opostas de como celebrar a virada de ano. Enquanto uns optaram pela energia vibrante de Anitta em Copacabana, outros encontraram no "Vira Brasil 2025" um refúgio de paz e espiritualidade. Essa dualidade destaca a riqueza e a complexidade da cultura brasileira, que continua a buscar formas de se expressar e se conectar com seu público, mesmo em meio a tantas diferenças.
