Nova pesquisa já aponta cenário com Bolsonaro na frente de Lula em 2026
Uma nova pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira (13) pelo Instituto Paraná revelou um panorama sobre as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026 no Brasil. Os números mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro liderando em um dos cenários contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto em outras configurações ambos aparecem tecnicamente empatados. A pesquisa trouxe também informações relevantes sobre outros potenciais candidatos, como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Pablo Marçal, evidenciando um quadro político fragmentado e com grandes incertezas entre os eleitores.
No cenário mais direto, que exclui o nome de Pablo Marçal da disputa, Jair Bolsonaro aparece com 37,3% das intenções de voto, superando Lula, que registra 34,4%. Ambos são seguidos por Ciro Gomes, do PDT, com 11,7%, Ronaldo Caiado, do União Brasil, com 5,4%, e Helder Barbalho, do MDB, com apenas 1,4%. Entre os entrevistados, 6,2% afirmaram que votariam em branco ou nulo, enquanto 3,6% não souberam ou não quiseram opinar. Esses números demonstram uma ligeira vantagem do ex-presidente Bolsonaro sobre Lula em uma disputa direta, consolidando a polarização política observada nos últimos anos.
Quando o nome de Pablo Marçal, do PRTB, é incluído na disputa, o cenário muda. Lula e Bolsonaro aparecem empatados tecnicamente, com 34,0% e 33,9%, respectivamente. Marçal alcança 6,1%, mostrando-se como um fator que pode influenciar a corrida presidencial. Neste cenário, Ciro Gomes mantém 11,3% das intenções de voto, Ronaldo Caiado cai para 4,7%, e Helder Barbalho mantém um desempenho discreto com 1,2%. O percentual de votos brancos e nulos reduz ligeiramente para 5,6%, e os indecisos representam 3,3%.
A pesquisa também considerou um cenário em que Michelle Bolsonaro fosse candidata à presidência, enfrentando Lula, Marçal e outros nomes. Neste caso, Lula lidera com 34,5%, enquanto Michelle registra 20,7%, demonstrando que a ex-primeira-dama possui um eleitorado significativo, mas ainda distante do necessário para disputar a liderança. Pablo Marçal aparece como uma figura relevante nesse contexto, com 11,5% das intenções de voto, superando Ciro Gomes, que registra 12,9%. Ronaldo Caiado alcança 6,6%, e Helder Barbalho mantém-se na margem com 1,6%. Nesse cenário, os votos brancos, nulos e indecisos somam 12,2%, evidenciando um público ainda sem definição.
Em um quarto cenário, sem as presenças de Jair Bolsonaro e Pablo Marçal, Lula amplia sua vantagem contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O petista lidera com 35,2%, enquanto Tarcísio aparece com 25,3%. Ciro Gomes registra 15,2%, Ronaldo Caiado 7,4%, e Helder Barbalho, 1,8%. Os votos brancos, nulos e os indecisos somam um total de 15,2%, indicando uma significativa margem de eleitores ainda a serem conquistados.
A pesquisa espontânea — onde os eleitores não recebem uma lista prévia de candidatos — revelou que uma parcela expressiva, 49,8%, ainda não sabe em quem votar. Nesse formato, Lula lidera com 20,1%, seguido por Jair Bolsonaro com 16,7%. Tarcísio de Freitas registra 1,6%, enquanto Ciro Gomes aparece com 1,2%. Outros nomes, como Pablo Marçal, Ronaldo Caiado, Eduardo Bolsonaro, Gusttavo Lima e Michelle Bolsonaro, somam pequenas porcentagens que, juntas, não ultrapassam 3%. Votos brancos e nulos correspondem a 6,8%, evidenciando um eleitorado ainda desmobilizado.
Os números apontam para uma disputa eleitoral marcada pela polarização entre Lula e Bolsonaro, mas também mostram a relevância de novos atores políticos como Michelle Bolsonaro e Pablo Marçal. O alto índice de eleitores indecisos ou dispostos a votar em branco ou nulo sugere que há um grande espaço para campanhas que busquem conquistar esse público. O cenário reforça ainda a fragmentação política e o desafio dos partidos em consolidar alianças e estratégias eleitorais que possam garantir vitórias em 2026.
A pesquisa do Instituto Paraná foi realizada entre os dias 9 e 12 de janeiro de 2025, com entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Esses dados serão fundamentais para que partidos e candidatos avaliem suas estratégias e busquem consolidar suas bases de apoio nos próximos meses, enquanto o país se prepara para mais uma disputa presidencial que promete ser acirrada e cheia de reviravoltas.