URGENTE: Enfim, surge o chocante áudio vazado de Mauro Cid (veja o vídeo)
O tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em uma conversa privada, que não utilizou a palavra "golpe" em sua delação premiada no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o termo teria sido inserido nos autos pela Polícia Federal, o que o deixou indignado.
Em um áudio atribuído ao militar, ele expressa sua revolta com a suposta inclusão da palavra, destacando que não mencionou o termo em nenhum momento durante seu depoimento. "Vou te dizer… Esse troço tá entalado, cara. Tá entalado. Você viu que o cara botou a palavra golpe, cara? Eu não falei uma vez a palavra golpe, eu não falei uma vez a palavra golpe! Então, quer dizer… Foi furo, foi erro, sei lá, acho até a condição psicológica que eu tava na hora ali [do depoimento]. P… Eu não falei golpe uma vez. Não falei golpe uma vez", teria dito Cid.
A delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tem sido um dos principais pontos da investigação sobre as alegações de um suposto plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O conteúdo do acordo, que permanece sob sigilo, gerou intensa especulação sobre o que Cid revelou às autoridades e qual seria o impacto de seu testemunho no desenrolar das investigações.
A afirmação de Cid sobre a suposta adulteração do conteúdo de sua delação levanta questionamentos sobre a condução da investigação e a forma como as informações estão sendo apresentadas. O caso já gerava repercussão no meio político, e a nova declaração do militar adiciona mais um elemento à controvérsia.
O tenente-coronel foi um dos nomes centrais do governo Bolsonaro e esteve envolvido em diversas frentes durante a administração do ex-presidente. Além do escândalo da suposta tentativa de golpe, Cid também foi investigado por sua participação no esquema de venda ilegal de joias recebidas por Bolsonaro enquanto chefe de Estado. Ele chegou a ser preso em maio deste ano e, posteriormente, firmou um acordo de delação premiada para colaborar com as investigações.
Aliados do ex-presidente interpretam a declaração de Cid como uma possível inconsistência na condução do caso. Parlamentares e apoiadores de Bolsonaro reforçam a tese de que há uma tentativa de criminalizar o ex-mandatário e que as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal têm viés político.
Por outro lado, investigadores sustentam que a delação de Cid trouxe elementos importantes que reforçam a tese de que havia movimentações dentro do governo para impedir a transição de poder. No entanto, a afirmação do militar sobre a suposta inclusão da palavra "golpe" sem sua autorização pode gerar debates sobre a credibilidade das provas e depoimentos colhidos até o momento.
O episódio ocorre em um momento sensível para o ex-presidente, que enfrenta múltiplas frentes de investigação. Além do caso da tentativa de golpe, Bolsonaro é alvo de apurações sobre o esquema das joias, o uso indevido da estrutura da Presidência e a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
A defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre as declarações de Cid, mas nos bastidores, a notícia gerou apreensão. Bolsonaro e seus advogados acompanham de perto os desdobramentos da delação e avaliam as possíveis implicações para o futuro político do ex-chefe do Executivo.
A Polícia Federal, por sua vez, não comentou diretamente as alegações do militar, mas fontes ligadas à investigação negam qualquer manipulação dos depoimentos. Segundo integrantes da corporação, todas as informações obtidas por meio da delação são rigorosamente documentadas e verificadas antes de serem incluídas nos autos.
Diante desse novo capítulo, especialistas em direito avaliam que o caso pode gerar desdobramentos jurídicos importantes. Se for comprovado que houve alteração indevida do depoimento de Cid, a defesa de Bolsonaro pode utilizar esse fato para contestar as investigações. No entanto, se ficar demonstrado que a palavra "golpe" foi utilizada em um contexto legítimo dentro da delação, as alegações do militar podem ser vistas apenas como uma tentativa de minimizar seu próprio envolvimento no caso.
A repercussão política também promete ser intensa. A oposição a Bolsonaro deve usar o episódio para reforçar as acusações contra o ex-presidente, enquanto sua base de apoio tende a explorar a suposta inconsistência para questionar a legitimidade das investigações. Com isso, o cenário político segue polarizado, e o desfecho do caso pode ter impactos significativos no futuro da política nacional.
Enquanto isso, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro continua sendo peça-chave no processo. Seu depoimento e as informações fornecidas à Polícia Federal serão analisados minuciosamente para determinar a veracidade dos relatos e a extensão de seu papel nos episódios investigados.
A tensão em torno do caso segue alta, e novas revelações podem surgir nos próximos dias. Com a delação de Cid ainda sob sigilo e as investigações em andamento, a disputa narrativa entre apoiadores e opositores do ex-presidente deve continuar se desenrolando nos tribunais, na imprensa e no debate público.