URGENTE: Trump manda o primeiro recado ao Brasil
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, fez sua primeira declaração direcionada ao Brasil desde que assumiu o novo mandato, reafirmando a posição central de seu país no cenário global. Durante a cerimônia de assinatura dos primeiros atos de sua administração, Trump destacou a "excelente" relação entre os dois países, mas enfatizou que o Brasil depende mais dos Estados Unidos do que o contrário. A fala ocorreu nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, em Washington, e gerou reações tanto em território americano quanto em solo brasileiro.
Ao ser questionado por jornalistas sobre o futuro da parceria estratégica entre os dois países, o presidente republicano foi direto ao afirmar que a importância dos Estados Unidos para o equilíbrio mundial é inquestionável. "A relação é excelente, eles precisam da gente, eles precisam mais da gente. Todos os países precisam mais dos EUA", declarou Trump. A declaração veio acompanhada de um discurso sobre a relevância dos Estados Unidos como líder econômico, político e militar, evidenciando sua visão de que a influência americana é indispensável para nações em desenvolvimento, como o Brasil.
A reação do governo brasileiro não tardou. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia parabenizado Trump pela posse em tom contido, preferiu adotar uma abordagem diplomática ao comentar o assunto. "Temos um histórico de cooperação com os Estados Unidos e continuaremos trabalhando para fortalecer os laços entre os nossos países", afirmou Lula em um breve comunicado à imprensa. Nos bastidores, porém, fontes próximas ao Palácio do Planalto sugerem que a declaração de Trump foi vista como um lembrete da dependência brasileira em áreas como comércio, tecnologia e segurança.
Especialistas em relações internacionais avaliam que a postura de Trump é consistente com seu estilo político, marcado por uma abordagem assertiva e pela valorização do papel dos Estados Unidos como potência mundial. Para o professor de ciência política André Vasconcelos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a declaração reflete mais uma estratégia de fortalecimento interno do que uma tentativa de minar relações bilaterais. "Trump está reafirmando sua visão de que os Estados Unidos são indispensáveis para o funcionamento da ordem global. É uma mensagem tanto para seus aliados quanto para seus adversários", afirmou Vasconcelos.
A economia é um dos pilares da relação entre Brasil e Estados Unidos, e os números corroboram a fala de Trump. Em 2024, os Estados Unidos permaneceram como o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Produtos agrícolas, como soja e carne, lideram as exportações brasileiras para o mercado americano, enquanto itens de alta tecnologia e bens de consumo figuram entre as importações. Embora o Brasil busque diversificar sua matriz comercial, a dependência de mercados tradicionais como o americano continua sendo uma realidade.
O cenário político internacional também contribui para o peso da relação entre os dois países. Com a guerra na Ucrânia ainda em curso e as tensões crescentes no Oriente Médio, a liderança americana é vista como crucial para a estabilidade global. Nesse contexto, o Brasil procura se posicionar como um ator relevante no Sul Global, mas enfrenta desafios para ampliar sua influência. A recente postura de Lula em foros internacionais tem buscado equilibrar relações com os Estados Unidos, China e União Europeia, o que inclui evitar atritos desnecessários com Washington.
No entanto, nem todos receberam bem a fala de Trump. Parlamentares e líderes políticos no Brasil criticaram o tom considerado arrogante do presidente americano. Para a deputada federal Marina Albuquerque, do Partido Verde, a declaração é um exemplo do que chamou de "política de superioridade" praticada por Trump. "O Brasil é uma nação soberana, e nossos acordos devem ser baseados no respeito mútuo, não em relações de dependência", afirmou.
Por outro lado, setores da economia brasileira viram na declaração uma oportunidade. Empresários do agronegócio, por exemplo, acreditam que a afirmação de Trump reforça o potencial do mercado americano para os produtos brasileiros. "Os Estados Unidos continuam sendo um parceiro estratégico para o agronegócio. Precisamos aproveitar essa relação para expandir ainda mais nossa presença lá", declarou José Augusto Oliveira, diretor de uma associação de produtores agrícolas.
A declaração de Trump também gerou debates nas redes sociais, com internautas divididos entre críticas à postura do presidente americano e apoio à sua visão de liderança global. O assunto rapidamente se tornou um dos mais comentados, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, com hashtags como #TrumpNoBrasil e #ParceriaEUA circulando amplamente.
Enquanto isso, analistas apontam que o futuro da relação entre Brasil e Estados Unidos dependerá de como os dois governos irão lidar com os desafios globais nos próximos anos. Entre eles estão as questões climáticas, a segurança alimentar e as mudanças na geopolítica mundial. Se há algo claro, é que as palavras de Trump não passaram despercebidas e devem marcar o início de um novo capítulo na dinâmica entre as duas maiores economias das Américas.