A recente pesquisa do instituto Datafolha revelou uma queda significativa na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atingindo 24%, enquanto a reprovação alcançou 41%. Esses números representam os piores índices de aprovação e reprovação em todos os três mandatos de Lula. A pesquisa foi realizada nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025, com 2.007 eleitores, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Durante o programa "GloboNews Mais", a jornalista Julia Duailibi comentou sobre esses resultados, destacando que essa é a aprovação mais baixa já registrada nos mandatos de Lula, classificando-a como "muito ruim". Duailibi enfatizou que o novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) ainda não conseguiu reverter a percepção negativa entre as camadas mais pobres da população em relação ao governo atual.
O comentarista Octavio Guedes também analisou a queda na aprovação de Lula, especialmente entre os mais pobres. Em dezembro de 2024, 44% desse segmento aprovavam o presidente; agora, esse número caiu para 24%. Guedes afirmou que é a primeira vez que a população expressa claramente que Lula está "traindo os mais pobres", apontando que questões econômicas têm influenciado nesse aumento da reprovação.
A pesquisa Datafolha também indica que 32% dos entrevistados consideram o governo "regular", enquanto 2% não souberam ou não responderam. Esses dados refletem uma tendência de queda na popularidade de Lula desde o início de seu terceiro mandato, em 2023, quando a aprovação não ultrapassou 40%. Em comparação, no mesmo período de seu mandato anterior, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava uma aprovação de 37% e reprovação de 34%.
Dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), os resultados da pesquisa geraram debates sobre os rumos do governo. Uma ala do partido defende uma guinada à esquerda como resposta à queda na aprovação, enquanto outras correntes acreditam que é necessário manter o curso atual e buscar soluções para as dificuldades enfrentadas no Congresso. Além disso, há divergências internas sobre a sucessão de Gleisi Hoffmann na presidência do partido e a ausência de um "plano B" para a sucessão de Lula em 2026.
Analistas políticos apontam que a economia desempenha um papel central na percepção pública do governo. A alta da inflação, o aumento do desemprego e a falta de políticas eficazes para os mais pobres têm contribuído para a insatisfação popular. A expectativa é que o governo implemente medidas concretas para reverter esse cenário e reconquistar a confiança da população.
Em resposta aos números da pesquisa, o Palácio do Planalto afirmou que está ciente dos desafios e que trabalha incansavelmente para melhorar a vida dos brasileiros. O governo destacou iniciativas recentes voltadas para a geração de empregos e o controle da inflação, além de programas sociais destinados às camadas mais vulneráveis da sociedade.
Observadores internacionais também têm acompanhado de perto a situação política e econômica do Brasil. A queda na aprovação de Lula pode impactar a posição do país no cenário global, especialmente em questões relacionadas a investimentos estrangeiros e parcerias comerciais. A estabilidade política e a confiança no governo são fatores cruciais para a atração de capital internacional e para o fortalecimento das relações diplomáticas.
A sociedade civil, por sua vez, manifesta-se de diversas formas. Protestos e manifestações têm ocorrido em várias cidades, com cidadãos expressando descontentamento com as políticas governamentais e exigindo mudanças. Organizações não governamentais e movimentos sociais também têm se posicionado, cobrando transparência e eficácia nas ações do governo.
Especialistas sugerem que, para reverter a tendência de queda na aprovação, o governo precisa adotar uma comunicação mais eficaz com a população, explicando suas ações e projetos de forma clara e acessível. Além disso, é fundamental que as políticas públicas sejam direcionadas para atender às necessidades reais da população, especialmente das camadas mais pobres, que têm sentido os impactos mais severos da crise econômica.
Em suma, a queda na aprovação do presidente Lula, conforme apontado pela pesquisa Datafolha, acende um alerta para o governo e para o Partido dos Trabalhadores. A necessidade de ajustes nas políticas econômicas e sociais, aliada a uma comunicação mais transparente e direta com a população, torna-se imperativa para que o governo recupere a confiança dos brasileiros e estabilize sua posição no cenário político nacional.