Bolsonaro diz algo inacreditável sobre prisão (veja o vídeo)

Gustavo Mendex


 Na última terça-feira, dia 18, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 34 pessoas, acusando-os de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado. O caso tem gerado intensa repercussão e críticas entre apoiadores do ex-mandatário, que enxergam a acusação como uma tentativa de perseguição política contra o principal opositor do atual governo.

Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, Bolsonaro se manifestou sobre a denúncia durante sua participação no Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, evento realizado em Brasília. Em seu discurso, o ex-presidente minimizou a possibilidade de prisão e reagiu com uma declaração forte e controversa: “Eu caguei para a prisão”. A fala foi recebida com entusiasmo pelos presentes, que aplaudiram e gritaram em apoio ao líder político, chamando-o de “mito”.

Além de rebater as acusações, Bolsonaro direcionou críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal, que serão responsáveis por julgá-lo nos próximos meses. O ex-presidente ironizou especialmente o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que envolvem seu nome. Em tom de provocação, Bolsonaro afirmou que o magistrado se comporta como um “semideus” e criticou a confidencialidade de investigações contra ele. Ele fez referência a uma suposta fraude nas eleições de 2018, tema que teria sido levado a embaixadores do mundo inteiro em 2022.

O ex-presidente também afirmou que há uma clara intenção de silenciá-lo e de impedir que ele participe ativamente da política nacional. Para ele, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República não tem fundamento jurídico sólido e representa uma manobra para enfraquecer sua influência no cenário político.

A reação da base bolsonarista foi imediata. Aliados do ex-presidente reforçaram o discurso de perseguição e apontaram que a denúncia seria uma tentativa de criminalizar a oposição. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, afirmou que as acusações são absurdas e que seu pai segue firme na luta pelos ideais que defende. Outros políticos ligados ao Partido Liberal também se manifestaram em defesa de Bolsonaro, argumentando que não há elementos concretos que sustentem as acusações.

Enquanto isso, setores contrários ao ex-presidente defenderam que a investigação deve seguir seu curso e que qualquer envolvimento em ações contra a democracia precisa ser rigorosamente apurado. Parlamentares da base governista ressaltaram que ninguém está acima da lei e que eventuais crimes devem ser julgados conforme as regras do Estado democrático de direito.

O ambiente político segue tenso, e a expectativa é que novas manifestações sobre o caso surjam nos próximos dias. O STF ainda não definiu quando deverá analisar a denúncia encaminhada pela PGR. No entanto, o desenrolar desse processo poderá ter grande impacto nas eleições de 2026, considerando que Bolsonaro continua sendo uma das principais figuras da oposição e mantém uma base de apoio significativa.

O evento do Partido Liberal, onde Bolsonaro fez suas declarações, contou com a presença de diversas lideranças políticas da direita, que reforçaram o compromisso com a defesa das liberdades individuais e do que consideram ser uma luta contra abusos institucionais. O ex-presidente aproveitou a ocasião para reafirmar sua disposição de continuar atuando na política e mobilizando sua base, independentemente dos desafios jurídicos que venha a enfrentar.

Com isso, o cenário político brasileiro permanece polarizado, com uma disputa intensa entre apoiadores e opositores de Bolsonaro. Enquanto o ex-presidente e seus aliados denunciam perseguição e tentativas de cerceamento político, os órgãos de investigação seguem com os processos, que poderão definir os rumos do futuro político do Brasil nos próximos anos.

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