Nos bastidores da Globo, desespero toma conta de jornalistas diante da presença do “sniper” que vem causando demissões
Nos bastidores da TV Globo, a tensão tem crescido entre os jornalistas diante da atuação de um profissional misterioso que vem influenciando demissões dentro da emissora. Conhecido apenas pelo apelido de "Sniper", esse jornalista investigativo tem sido associado à divulgação de dossiês que resultaram na saída de nomes importantes, incluindo Rodrigo Bocardi. As informações sobre sua identidade permanecem em sigilo, mas fontes internas afirmam que ele atua nos bastidores há anos, sempre com extrema discrição.
Os rumores sobre o “Sniper” ganharam força após a saída repentina de alguns profissionais do Jornal Nacional. Investigações internas da própria emissora apontam que os documentos comprometedores vêm de um escritório localizado em uma sala comercial. No último domingo, uma equipe de reportagem esteve na portaria do edifício onde essa sala está situada e conversou com funcionários, que confirmaram que o local presta serviços de investigação. O que tem chamado ainda mais atenção é que Doni Denúcio, ex-apresentador da Globo, mantinha uma cobertura comercial no mesmo prédio, o que levantou suspeitas sobre possíveis conexões entre esse escritório e a alta cúpula da emissora.
Além de ter influenciado a saída de Bocardi e Doni, o jornalista misterioso também teria chamado a atenção para erros de português cometidos por Maju Coutinho durante a apresentação do Jornal Nacional. Há ainda indícios de que ele tenha desempenhado um papel central em uma polêmica envolvendo um vídeo atribuído a Bocardi no passado. A atuação desse profissional tem provocado intensos debates internos, com funcionários questionando se esse escritório de investigações estaria trabalhando diretamente para o setor de compliance da Globo, ajudando na reestruturação do quadro de jornalistas da emissora.
Diante das incertezas, a Globo ainda não se pronunciou oficialmente sobre as suspeitas. Nos corredores, porém, cresce a inquietação entre os profissionais. Para alguns, o “Sniper” seria um agente interno da própria emissora, responsável por garantir que apenas jornalistas alinhados com a nova estratégia editorial permaneçam no ar. Para outros, ele representaria uma ameaça à liberdade de atuação da imprensa dentro da Globo, operando de maneira estratégica para influenciar decisões da diretoria.
A emissora, que já enfrenta uma crise de audiência e queda de receita publicitária, agora precisa lidar com mais esse elemento de instabilidade. Nos últimos anos, a Globo tem sido alvo de críticas por seu posicionamento editorial, e o vazamento de informações sensíveis tem intensificado os desafios para sua equipe de gestão. A presença do “Sniper” nos bastidores apenas reforça a percepção de que há uma guerra de interesses dentro da emissora, onde influências políticas e comerciais disputam espaço.
O episódio também levanta questionamentos sobre o futuro do Jornal Nacional. Com William Bonner próximo de se aposentar, a escolha de seu sucessor tem sido motivo de especulações e disputas internas. Sempre que um nome ganha força para ocupar a cadeira principal do telejornal, surgem novos episódios que abalam a credibilidade e a permanência desse jornalista. Esse padrão tem feito muitos acreditarem que o "Sniper" tem uma função clara: garantir que apenas determinadas figuras permaneçam em evidência.
Para o público, resta acompanhar os desdobramentos dessa história e observar como a Globo lidará com os desafios internos que vêm se acumulando. Com a crise financeira e de audiência já impactando a emissora, a influência do "Sniper" pode representar tanto uma estratégia de renovação quanto um sinal de conflitos ainda mais profundos nos bastidores do maior canal de televisão do país.