O alerta de Silas Malafaia sobre a manifestação do dia 16/03

Caio Tomahawk


O pastor Silas Malafaia confirmou a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro na manifestação marcada para o dia 16 de março no Rio de Janeiro. O evento faz parte de uma mobilização nacional que busca reunir apoiadores para protestar contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Malafaia, o foco da manifestação não será a pressão pelo impeachment de Lula, mas sim uma demonstração de força em prol da oposição e um apelo pela anistia dos condenados pelos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Em declaração, o pastor destacou que o objetivo do protesto é reforçar a mensagem "Fora Lula 2026", indicando que a estratégia da oposição deve ser voltada para as eleições presidenciais daqui a dois anos. Ele também ressaltou que a mobilização pede "Anistia Já!" para os presos e condenados pelo que classificou como uma "farsa" de tentativa de golpe de Estado. Malafaia argumenta que não houve golpe, pois não havia armas, líderes ou qualquer estrutura que caracterizasse uma ameaça real ao governo. Ele citou como respaldo as declarações do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, do jurista Ives Gandra Martins e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que em momentos distintos minimizaram a gravidade dos atos ocorridos naquela data.

O evento no Rio de Janeiro será um dos principais da mobilização nacional, e a presença de Jair Bolsonaro tende a atrair um grande número de manifestantes. Desde que deixou a Presidência da República, Bolsonaro tem mantido um discurso de oposição contundente ao governo petista e reiteradamente denuncia o que considera perseguição política contra ele e seus aliados. A questão da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro tem sido uma das principais bandeiras do ex-presidente e de figuras próximas a ele, como Malafaia.

O pastor também descartou a possibilidade de apoiar qualquer articulação para um impeachment de Lula. Ele fez duras críticas à ideia de uma eventual substituição do atual presidente pelo vice, Geraldo Alckmin. Para Malafaia, Alckmin representaria uma alternativa ainda pior, especialmente por sua proximidade com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Ele classificou a relação entre os dois como "perigosa" e argumentou que seria mais estratégico deixar que Lula cumpra seu mandato até o final, para que o desgaste do governo seja evidenciado nas próximas eleições.

A mobilização do dia 16 de março será um teste de força para a oposição e deve reunir apoiadores de diversas partes do país. Grupos organizados já se mobilizam para comparecer ao ato, e a expectativa é de que Bolsonaro use a oportunidade para discursar diretamente ao público presente. Ele ainda não se pronunciou oficialmente sobre sua participação, mas aliados próximos confirmam que a presença do ex-presidente está garantida.

A defesa da anistia para os presos do 8 de janeiro tem sido um tema sensível no cenário político brasileiro. O governo e as instituições de Justiça argumentam que os responsáveis pelos atos devem ser punidos conforme a lei, enquanto opositores insistem que houve excessos na condução dos processos judiciais. Para Malafaia e seus seguidores, a prisão e condenação de manifestantes são parte de uma estratégia para criminalizar a oposição ao governo Lula.

A presença de Bolsonaro no ato também deve reforçar seu protagonismo político, especialmente em um momento em que a oposição busca consolidar um discurso unificado para 2026. O ex-presidente tem mantido uma intensa agenda política e segue sendo a principal figura da direita no Brasil. Seu comparecimento à manifestação será visto como um termômetro do apoio popular que ainda mantém, além de uma demonstração de resistência contra as medidas do atual governo.

O governo, por sua vez, observa atentamente os movimentos da oposição e como as manifestações podem influenciar o cenário político. Integrantes do governo Lula evitam comentar publicamente sobre a mobilização convocada por Malafaia, mas há preocupação com o tom das manifestações e possíveis discursos inflamados contra o atual presidente e ministros do Supremo Tribunal Federal. Nos últimos meses, eventos políticos de oposição têm sido acompanhados de perto por autoridades, especialmente por conta de possíveis repercussões no campo jurídico.

A convocação de atos públicos é uma estratégia recorrente no campo político brasileiro, e o sucesso da manifestação de 16 de março pode determinar os próximos passos da oposição. A pauta do impeachment de Lula pode não ser o foco central do evento, mas a insatisfação com o atual governo será um elemento presente. Além disso, o debate sobre a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro continuará gerando polêmica, especialmente se houver forte adesão popular ao protesto.

A data marcada para a manifestação se aproxima, e a expectativa cresce tanto entre os apoiadores de Bolsonaro quanto entre os observadores políticos. O evento servirá como um indicativo da capacidade da oposição de mobilizar as ruas e dar uma demonstração de força contra o governo Lula. A presença do ex-presidente no ato promete atrair os holofotes da imprensa e reacender o debate sobre os rumos do Brasil nos próximos anos.

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