Bolsonaro: Não tem picanha, café, cerveja, agora os ovos do Lula ( veja o vídeo )

Gustavo Mendex


 

Bolsonaro critica nova regulamentação sobre ovos e alerta para aumento de preços

Na sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista exclusiva ao Pleno.News, onde criticou duramente a decisão do governo Lula (PT) de exigir que ovos vendidos no Brasil sejam carimbados com a data de validade e o número de registro do estabelecimento produtor. A medida, que entra em vigor no dia 4 de março, gerou grande polêmica entre políticos e setores do agronegócio.

Impacto nos Preços e Pequenos Produtores

Bolsonaro argumentou que a nova regulamentação resultará em aumento de preços para o consumidor e dificuldades para pequenos e médios produtores. Segundo ele, o custo adicional da impressão das informações nas cascas dos ovos será repassado ao consumidor final, tornando o produto ainda mais caro em um cenário de alta generalizada nos alimentos.

— O povo vai chegar à condição de nem ovo poder comprar mais. Não tem picanha, não tem cervejinha, não tem café, o açúcar tá explodindo também… e agora vêm os ovos do Lula. Não tem cabimento — declarou Bolsonaro.

O ex-presidente ressaltou que a medida pode impactar diretamente a população mais pobre, que tem nos ovos uma das principais fontes de proteína acessíveis, especialmente em tempos de inflação alimentar.

Reação da Oposição no Congresso

O senador Flávio Bolsonaro (PL) anunciou que apresentará um projeto para suspender a nova regulamentação, alegando que a medida fere o livre mercado e onera desnecessariamente os pequenos e médios produtores.

— A vida do brasileiro já está cara demais para o Lula tirar do chapéu uma medida que vai prejudicar pequenos e médios produtores, vai aumentar o preço do ovo e que só vai beneficiar alguns empresários amigos dele. Vamos derrubar essa medida de carimbo de ovos! — escreveu Flávio Bolsonaro em suas redes sociais.

Outros parlamentares da oposição também se manifestaram contra a decisão. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que o governo Lula continua criando barreiras burocráticas que dificultam a vida dos empreendedores brasileiros.

Governo Defende a Medida

O governo federal justificou a nova regulamentação como uma medida de segurança alimentar, alegando que a impressão das informações nas cascas dos ovos ajudará a rastrear a produção e evitar fraudes no setor. O Ministério da Agricultura afirmou que a mudança segue padrões internacionais e contribuirá para garantir a qualidade dos produtos consumidos pela população.

Repercussão no Setor Produtivo

Representantes do setor de avicultura demonstraram preocupação com a nova regra. Pequenos produtores alegam que o custo da implementação será alto e que o processo de adaptação pode levar tempo, especialmente para quem não tem acesso a equipamentos modernos.

João Batista, representante de uma cooperativa de pequenos avicultores, afirmou que a exigência pode gerar uma desigualdade entre grandes e pequenos produtores:

— Empresas grandes podem arcar com os custos sem dificuldades, mas para nós, pequenos produtores, isso significa mais um obstáculo para continuarmos no mercado. Já enfrentamos altos custos com ração e energia, e agora teremos que investir em equipamentos caros para cumprir a nova regra.

Possíveis Alternativas

Especialistas sugerem que o governo poderia adotar alternativas menos onerosas, como a utilização de embalagens padronizadas contendo as informações exigidas, sem a necessidade de marcar cada ovo individualmente. Outra proposta seria criar um período de transição mais longo para que os pequenos produtores possam se adaptar sem impactos financeiros significativos.

O Debate Continua

A discussão sobre a nova regulamentação promete se estender nos próximos dias. O Congresso Nacional deve analisar o projeto apresentado por Flávio Bolsonaro, enquanto entidades do setor produtivo seguem pressionando o governo para rever a medida.

A população também segue atenta às mudanças e ao impacto que elas podem ter no preço dos alimentos, em um momento em que a inflação segue como uma das principais preocupações dos brasileiros.

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