Preço do ovo supera vários cortes de carne e chega perto da picanha

Gustavo Mendex


 

Preço do ovo sobe 61% e se aproxima do valor da picanha


O aumento expressivo no preço dos ovos tem chamado a atenção dos consumidores em todo o Brasil. De acordo com um levantamento divulgado pelo site Mercado Mineiro nesta segunda-feira (24), o produto sofreu um reajuste de 61%, tornando-se mais caro do que diversos cortes de carne e atingindo valores próximos ao quilo da picanha.


Ovos mais caros do que carne? Veja a comparação de preços


A pesquisa revelou que o pente com 30 ovos vermelhos, que anteriormente custava R$ 29,59, agora está sendo comercializado por R$ 41,74. Enquanto isso, a picanha tradicional pode ser encontrada pelo preço mais baixo de R$ 52,99 o quilo, tornando a diferença entre os dois produtos menor do que nunca.


Além disso, os ovos brancos também tiveram um aumento significativo, chegando a custar R$ 31,99. Esse valor já ultrapassa cortes de carne como:

  • Fígado bovino (entre R$ 13,95 e R$ 31,90);
  • Músculo (de R$ 28,99 a R$ 49,90);
  • Acém (de R$ 29,98 a R$ 53,90).

O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2025, em 45 estabelecimentos da Grande Belo Horizonte.


Governo impõe novas regras e pode aumentar o preço ainda mais


Outro fator que pode impulsionar ainda mais o preço dos ovos é uma nova regulamentação do governo federal. A partir do dia 4 de março, todos os ovos deverão ter carimbada na casca a data de validade e o número de registro do produtor.


A medida, embora tenha sido criada para aumentar a rastreabilidade e a segurança alimentar, pode acabar elevando os custos para pequenos e médios produtores, que terão que investir em novos equipamentos e processos.


Bolsonaro critica alta dos preços e ironiza: “Os ovos do Lula”


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não perdeu a oportunidade de criticar o aumento do preço dos ovos e a nova regulamentação imposta pelo governo Lula (PT). Em entrevista exclusiva ao Pleno.News, concedida na última sexta-feira (21), Bolsonaro declarou que o brasileiro está perdendo poder de compra e ironizou a situação.

 

“O povo vai chegar à condição de nem ovo poder comprar mais. Não tem picanha, não tem cervejinha, não tem café, o açúcar tá explodindo também… e agora vêm os ovos do Lula. Não tem cabimento.” – disse o ex-presidente.


A fala de Bolsonaro reflete o descontentamento de parte da população com o aumento dos preços de itens básicos. A inflação de alimentos tem sido um dos principais desafios econômicos enfrentados pelo governo atual.


Inflação dos alimentos preocupa especialistas


O aumento expressivo dos ovos se insere em um contexto mais amplo de inflação dos alimentos, que tem atingido diversos produtos essenciais. Especialistas apontam que a alta nos custos de produção, o aumento do preço dos insumos agrícolas e a instabilidade do mercado estão entre os principais fatores que levaram a esse reajuste significativo.


Além disso, o impacto da nova regulamentação do governo e as dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores podem contribuir para que os preços continuem subindo nos próximos meses.


Consumidores reagem e buscam alternativas


Nas redes sociais, muitos consumidores têm manifestado indignação com a alta no preço dos ovos. Algumas pessoas afirmam que já começaram a reduzir o consumo do produto, enquanto outras têm buscado alternativas mais baratas, como carnes de segunda e proteínas vegetais.


O cenário atual reforça a necessidade de os consumidores ficarem atentos às variações de preços e buscarem estratégias para economizar nas compras do dia a dia.


Perspectivas para os próximos meses


De acordo com especialistas, o mercado de ovos deve continuar enfrentando desafios, especialmente com a nova regulamentação do governo entrando em vigor em março. A expectativa é que os preços sigam elevados, pelo menos no curto prazo.


Para os consumidores, resta a esperança de que os valores se estabilizem e que o impacto da inflação alimentar seja controlado. Enquanto isso, a busca por alternativas e a adaptação ao novo cenário econômico se tornam fundamentais.

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