Tesouro Direto bate recorde histórico em janeiro de 2025
O Tesouro Direto fechou o mês de janeiro registrando o maior valor da série histórica, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26/2) pela Secretaria do Tesouro Nacional. O programa de investimentos do governo federal alcançou números expressivos, refletindo a crescente adesão dos investidores aos títulos públicos.
Recorde de operações e volume investido
No primeiro mês de 2025, o Tesouro Direto registrou 989.581 operações de investimento, totalizando R$ 8,76 bilhões em compras de títulos. Esse valor representa um marco histórico, sendo o maior já registrado desde a criação do programa.
Por outro lado, os resgates e vencimentos somaram R$ 7,18 bilhões, resultando em um saldo líquido positivo de R$ 1,58 bilhão em janeiro. Isso indica que houve uma entrada maior de recursos no programa do que saídas, reforçando o interesse dos investidores nos títulos públicos.
Investimentos de pequeno porte lideram operações
Um dado relevante do relatório aponta que as aplicações de até R$ 1 mil representaram 56% do total das operações de investimento. Esse número demonstra a popularização do Tesouro Direto entre pequenos investidores, que veem nos títulos públicos uma forma acessível e segura de aplicar seu dinheiro.
Apesar do grande número de transações de pequeno valor, o ticket médio das operações ficou em R$ 8.855,67, evidenciando também a presença de investidores que fazem aplicações mais robustas no programa.
Tesouro Selic lidera preferência dos investidores
Entre os diferentes tipos de títulos oferecidos pelo Tesouro Direto, os indexados à taxa Selic foram os mais procurados. O Tesouro Selic movimentou R$ 3,8 bilhões, representando 44,1% das vendas totais no mês.
O aumento da atratividade desse título pode ser explicado pelo atual cenário econômico, onde a taxa Selic segue em patamares elevados, tornando esse investimento mais interessante para quem busca segurança e liquidez.
Títulos indexados à inflação também registram forte demanda
Os títulos atrelados à inflação também tiveram uma participação significativa nas vendas. Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+ somaram R$ 2,6 bilhões em vendas, representando 30,1% do total.
Esses investimentos são especialmente buscados por quem deseja proteger seu patrimônio da inflação e garantir rentabilidade real ao longo do tempo. O Tesouro RendA+, por exemplo, tem se destacado como uma alternativa para a aposentadoria, enquanto o Tesouro Educa+ visa proporcionar uma reserva financeira para a educação.
Tesouro Prefixado completa o cenário de investimentos
Os títulos prefixados, que oferecem rentabilidade fixa independentemente das variações da economia, também tiveram participação expressiva. Esses papéis costumam atrair investidores dispostos a assumir um pouco mais de risco em troca de previsibilidade sobre os rendimentos futuros.
Diante do cenário econômico atual, onde há expectativa de cortes na taxa Selic ao longo do ano, alguns investidores têm apostado nos títulos prefixados como forma de garantir taxas mais atrativas antes de possíveis reduções nos juros.
Crescimento do Tesouro Direto reflete maior interesse por renda fixa
Os números recordes de janeiro de 2025 refletem um movimento crescente dos brasileiros em direção à renda fixa. Com a volatilidade do mercado de ações e as incertezas econômicas, muitos investidores têm buscado ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro Nacional.
Além disso, a facilidade de acesso ao Tesouro Direto, que permite aplicações a partir de valores baixos, tem atraído um número cada vez maior de pessoas interessadas em diversificar seus investimentos e garantir rendimentos mais previsíveis.
Perspectivas para os próximos meses
Especialistas do mercado financeiro apontam que o Tesouro Direto deve continuar atraindo investidores ao longo de 2025. A possível queda da taxa Selic pode afetar a atratividade de alguns títulos, mas a busca por proteção contra a inflação e a segurança dos papéis públicos devem sustentar o interesse dos aplicadores.
Com um cenário ainda incerto na economia global e nacional, o Tesouro Direto segue como uma alternativa viável para quem deseja investir de forma segura e rentável, consolidando-se cada vez mais como uma das principais opções do mercado financeiro brasileiro.