A controvérsia em torno da decisão do STF também ressaltou problemas mais amplos no sistema judiciário brasileiro, especialmente em relação às prisões políticas e ao papel do Ministério Público na condução de inquéritos. Críticos argumentam que a condução de inquéritos políticos pelo ministro Alexandre de Moraes tem resultado em abusos de poder, incluindo prisões arbitrárias, busca e apreensão de bens sem evidências substanciais, e a retenção prolongada de recursos financeiros de meios de comunicação críticos ao governo.
"A violação de direitos de crianças e a violação ao sistema acusatório tornaram-se comuns no país, com inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal", denunciou Siebra. Ela mencionou incidentes em que crianças foram submetidas a buscas e apreensões invasivas, privadas de acesso à educação durante a pandemia e separadas de suas famílias devido a prisões políticas.
O caso de Débora Rodrigues dos Santos, agora amplamente discutido nas redes sociais e na mídia, exemplifica as tensões entre a aplicação da lei e a proteção dos direitos individuais no Brasil contemporâneo. Enquanto defensores dos direitos humanos e organizações civis criticam a disparidade na concessão de benefícios judiciais, como a prisão domiciliar, advogados como Carolina Siebra continuam a lutar por uma justiça mais equitativa e imparcial.
À medida que o debate continua a evoluir, espera-se que o caso de Débora Rodrigues dos Santos e outras vítimas de prisões políticas sirvam como um chamado à ação para uma revisão mais ampla das políticas judiciais e um reforço dos direitos constitucionais no Brasil. Enquanto isso, a ASFAV e outras organizações de direitos humanos prometem continuar pressionando por reformas que garantam um tratamento justo e equitativo para todos os cidadãos perante a lei.