identificada com outras iniciativas realizadas nas primeiras semanas de governo, como a interrupção de estudos sobre a privatização da Petrobras, maior empresa pública do país.
A medida foi celebrada pelas lideranças do PT, que há muito tempo se opõe às privatizações. A bandeira histórica do partido tem sido defendida por Lula desde a campanha eleitoral do ano passado, quando o então candidato chegou a advogar pela reversão da venda das ações da Eletrobras.
Por outro lado, governadores liberais eleitos em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná estão acelerando seus planos de privatização de estatais. Esses governadores argumentam que a venda dessas empresas pode aumentar a eficiência e reduzir os gastos do estado, além de atrair investimentos para o setor privado.
O site Política Online Brasil destacou que a decisão do governo de Lula de tirar empresas estatais da fila de privatizações pode gerar novos embates entre PT e partidos de direita e centro-direita. A polarização política do país pode dificultar a aprovação de medidas no Congresso Nacional e a implementação de políticas públicas efetivas.
Em um discurso nas redes sociais, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o parlamento vai analisar “criteriosamente” os decretos do presidente Lula para revisar o marco do saneamento. No entanto, ele considerou as medidas como um “retrocesso”. Aliados de Lira preparam um projeto que, caso aprovado, poderá derrubar parte dos decretos assinados por Lula.
Enquanto isso, os governadores liberais seguem em frente com seus planos de privatização. Em São Paulo, por exemplo, o governador João Doria (PSDB) já anunciou que pretende privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Companhia Paulista de Securitização (CPSEC).