Valdemar Costa Neto ressaltou que o trecho da entrevista em que elogia Bolsonaro não consta na versão que viralizou nas redes sociais. Ele também justificou sua abordagem, alegando não poder faltar com a verdade sobre Lula.
"Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade. É uma verdade: ele foi tão bem no governo que elegeu a Dilma. Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo", explicou Valdemar Costa Neto.
O dirigente do PL fez uma análise histórica ao mencionar que, de 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então no PL. Ele também destacou que o Partido Liberal passou por mudanças de nomenclatura ao incorporar o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona) em 2006, tornando-se Partido da República (PR) até 2019, quando reassumiu o nome Partido Liberal.
Ao abordar a situação política atual, Valdemar sublinhou que não estava fazendo um juízo de valor sobre as gestões de Lula e Bolsonaro, mas sim comparando dois tipos distintos de prestígio: o "popular" de Lula e o "carismático" de Bolsonaro.
"Não existe no planeta Terra, hoje, um camarada com o carisma de Bolsonaro", afirmou o dirigente do PL, destacando a singularidade do carisma do atual presidente.
Quanto às acusações contra Sergio Moro, Valdemar Costa Neto opinou que o ex-juiz "irá pagar caro por isso". Ele sugeriu que Moro agiu pensando em sua candidatura à Presidência, e agora, o preço a pagar seria a possível cassação do mandato do senador, que está sendo investigado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
O destino político de Moro, segundo Valdemar, está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e, se a cassação for confirmada, haverá uma nova eleição para senador no estado, gerando discussões sobre candidaturas dentro do próprio PL e do PT.