Até o momento, o advogado de Brecha, Marcos Crissiuma, não respondeu às tentativas de contato para comentar o caso. Em seu depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro reafirmou que não foi vacinado e negou qualquer envolvimento em ações para alterar seu próprio cartão de vacinação ou o de sua filha.
A defesa de Brecha alega que a inclusão dos registros falsos pode ter sido um erro, pois para inserir os dados, apenas o CPF é necessário. De acordo com a defesa, Brecha utilizou a senha de Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva para remover os dados, uma vez que sua própria senha não permitia a exclusão ou não estava funcionando naquele momento.
A defesa também argumenta que a viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos em 30 de dezembro, após a exclusão dos dados, demonstra que a inserção indevida de informações não causou danos. O advogado ressalta que o ex-presidente entrou nos EUA com um passaporte diplomático, enquanto sua filha apresentou um documento que declarava que ela não poderia ser vacinada. Segundo a defesa, esses fatos eliminam a relevância da conduta atribuída ao secretário.
O caso agora está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre o pedido de revogação da prisão preventiva de João Carlos de Sousa Brecha. Enquanto isso, as investigações prosseguem para esclarecer completamente os detalhes desse episódio envolvendo a manipulação de dados de vacinação contra a Covid-19. A sociedade aguarda por respostas concretas e a responsabilização daqueles que violam os princípios éticos e legais no processo de imunização.