A pesquisa realizada pelo Zeitgeist Public Affairs, iniciativa do Instituto Locomotiva e do Ideia Instituto de Pesquisa, revela que as opiniões sobre a elegibilidade de Bolsonaro estão diretamente relacionadas ao voto na última eleição. Apenas 7% dos eleitores do ex-presidente acreditam que ele é culpado das acusações, enquanto 75% dos eleitores de Lula expressaram confiança na manutenção da elegibilidade de Bolsonaro pelo TSE.
O estudo também mostra que homens, moradores da região Sul e evangélicos são os principais grupos que defendem a não interferência da Justiça na candidatura de Bolsonaro. Por outro lado, os mais jovens e os nordestinos tendem a acreditar na culpa do ex-presidente e apoiam medidas que impeçam sua candidatura. Os moradores da região Centro-Oeste e os evangélicos apresentam opiniões divergentes, com alguns afirmando a inocência de Bolsonaro e outros defendendo sua responsabilização.
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva e cofundador do Zeitgeist Public Affairs, destaca que os resultados da pesquisa refletem a divisão presente na sociedade brasileira, ainda influenciada pelos resultados das últimas eleições. Essa dinâmica polarizada continua a moldar as opiniões e as perspectivas políticas dos brasileiros.
Diante desse contexto de polarização e incertezas políticas, a possibilidade de um encontro entre Lula e o ditador saudita adiciona mais um elemento de tensão ao panorama nacional. Enquanto alguns enxergam essa aproximação como uma oportunidade para ampliar as relações internacionais e fortalecer acordos comerciais, outros temem que essa ação possa comprometer a imagem do Brasil perante a comunidade internacional
A decisão final de Lula sobre o convite ao ditador saudita ainda é desconhecida, mas certamente gerará intensos debates e reflexões sobre os rumos políticos do país. A sociedade brasileira acompanha atentamente os desdobramentos do julgamento no TSE e, ao mesmo tempo, observa com cautela as movimentações políticas que envolvem importantes figuras públicas como Lula e Bolsonaro. O futuro político do Brasil continua incerto, mas uma coisa é certa: as divergências e as opiniões polarizadas continuarão a marcar o cenário nacional nos próximos meses.