Outro ponto contestado nos grupos seria a escolha por antiguidade, como foi feito com a indicação do General Arruda. Esse mesmo critério não foi usado para a indicação de Ribeiro Paiva, que desde a indicação de Arruda, era o favorito do ministro Alexandre de Moraes e de Lula. Se o fator antiguidade fosse determinante, o novo comandante do Exército deveria ser o general Valério Stumpf. Como chefe do Estado Maior do Exército, Stumpf não tem o comando direto de tropas, ao contrário de Paiva que liderava o Comando Militar do Sudeste.
Outros dois nomes ainda figuram entre os possíveis novos “pivôs” da crise entre Forças e Governo. “O primeiro, tenente-coronel Fernandes, chefia o batalhão responsável pela segurança do Palácio do Planalto; O segundo, o general Dutra, como chefe do Comando Militar do Planalto, responsável oficial pelo envio dos tanques blindados Guarani que impediram o Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal de esvaziar o acampamento dos manifestantes em Brasília na noite da invasão às sedes dos Três Poderes”, afirma o UOL.
O Governo Federal tem pressionado para que esses dois militares sejam responsabilizados e punidos “de maneira exemplar”, conforme defende o atual Comandante do Exército, General Paiva.
O estopim para a exoneração do General Arruda foi sua recusa em dispensar o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi nomeado por Bolsonaro para chefiar o Comando de Operações Especiais, brigada de elite do Exército treinada para operações sensíveis e emergenciais.
A posse de Cid está marcada para o dia 9 de fevereiro, os convites já foram enviados. Resta saber se o general Ribeiro Paiva, que é amigo do pai de Cid, o o general Mauro Cesar Lourena Cid, acatará a ordem que custou a posição de Arruda.