A prisão de Anderson Torres ocorreu em 14 de janeiro e estendeu-se até 11 de maio, em virtude das investigações sobre possíveis omissões de autoridades durante os atos golpistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. Na ocasião, Torres ocupava o cargo de chefe da Segurança Pública do Distrito Federal, e os atos de invasão aconteceram nas sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, concedeu liberdade provisória a Anderson Torres em 11 de maio, acatando o pedido da defesa do ex-ministro. A prisão foi substituída por monitoração eletrônica, proibição de ausentar-se do Distrito Federal, proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de utilizar redes sociais e afastamento do cargo na Polícia Federal. O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas implicará a revogação e decretação de uma nova prisão.
A defesa de Anderson Torres alegou diversas vezes a "revogação da prisão preventiva" ou sua substituição por uma das medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, ou ainda pela prisão domiciliar. Com a liberdade provisória concedida, o ex-ministro deverá seguir rigorosamente as determinações impostas para manter sua liberdade condicional.
Enquanto o processo administrativo interno na PF ainda está em curso, a situação de Anderson Torres permanece sob análise, e a devolução dos valores solicitados pela Polícia Federal poderá ser um dos fatores decisivos em relação à sua continuidade como delegado na corporação. O caso continua a atrair atenção da imprensa e da opinião pública, à medida que se desenrola o desfecho dessa controvérsia.