Os relatórios da Polícia Federal divulgados por ordem de Alexandre de Moraes transcrevem mensagens encontradas em grupos de militares da ativa. Algumas dessas mensagens sugerem que, diante da possibilidade de um estado de caos generalizado no país, alguns militares cogitaram levar seus familiares para dentro dos quartéis visando protegê-los.
Em um dos grupos de WhatsApp, outro oficial expressa a crença de que nada vai acontecer e que os militares estão em uma situação confortável, pois são "guerreiros com absoluta certeza de que não vão guerrear". Esse oficial menciona as "escapadas" ou viagens a serviço para treinamentos dentro e fora do país, desfrutando de uma boa remuneração.
Outro participante do grupo deixa claro que não tem medo de admitir que as Forças Armadas seriam golpistas. Ele afirma que o Exército preferiria "deixar quieto" em vez de punir muitos militares que teriam manifestado apoio a uma intervenção militar.
As informações contidas no relatório da Polícia Federal e divulgadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes levantam preocupações sobre o envolvimento de militares em questões políticas e a possibilidade de uma ruptura institucional. O caso traz à tona debates sobre a separação entre as esferas civil e militar, a lealdade das Forças Armadas ao comando presidencial e a preservação da democracia no país.