Além do depoimento da criança, Marcos do Val também mencionou o apoio que recebeu de 130 delegados da própria Polícia Federal, que teriam assinado uma representação denunciando Fábio Shor e o ministro Alexandre por irregularidades. Documentos adicionais, incluindo um dossiê que está em fase final na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, foram prometidos pelo senador como prova adicional das alegações feitas.
"Estou agindo dentro das prerrogativas que meu cargo me permite", destacou o senador, referindo-se às imunidades parlamentares previstas na Constituição brasileira. "É meu dever garantir que cada cidadão tenha acesso à justiça e que nossas instituições, mesmo as mais respeitadas como a Polícia Federal, sejam responsáveis por seus atos."
A repercussão das acusações de Marcos do Val não se limita apenas ao âmbito nacional. Com o envolvimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos, espera-se que a denúncia ganhe visibilidade internacional, aumentando a pressão sobre as autoridades brasileiras para que investiguem minuciosamente as alegações contra o delegado Shor.
Enquanto isso, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal ainda não se pronunciou sobre os novos desenvolvimentos, mantendo a posição inicial de que as acusações carecem de fundamentos. A controvérsia levanta questões sobre a transparência e a responsabilidade das instituições públicas no Brasil, especialmente em um momento de crescente desconfiança da população em relação às autoridades.
Para muitos observadores, o caso representa um teste crucial para a credibilidade do sistema judiciário e de aplicação da lei no país. A capacidade das instituições em lidar de maneira justa e eficaz com acusações tão sérias será um indicativo importante do estado da democracia brasileira.
Enquanto aguardamos mais desenvolvimentos sobre este caso que continua a polarizar opiniões e a provocar debates acalorados, é imperativo que todos os envolvidos ajam com responsabilidade e respeito aos direitos humanos e às garantias constitucionais. A verdade e a justiça devem prevalecer, não apenas para as vítimas diretamente afetadas, mas também para o bem maior da sociedade brasileira como um tolo.