O senador relatou à Veja que Silveira e Bolsonaro o convidaram para participar de uma ação considerada por ele "esdrúxula, imoral e até criminal". De acordo com Do Val, Silveira o chamou para discutir "um assunto importante" com Bolsonaro.
Após solicitar tempo para pensar, Do Val teria recebido uma ligação de Silveira no dia seguinte, cobrando uma resposta. No entanto, posteriormente, durante um encontro com Moraes, o senador teria relatado os detalhes da proposta recebida. O ministro teria respondido: "Não acredito". No mesmo dia, Do Val teria recusado a participação ao lado de Silveira.
Após a publicação da matéria pela revista, o senador mudou sua versão sobre a denúncia e passou a afirmar que o plano, na verdade, foi de Silveira, que na época estava preso por ordem do STF por violação de decisão judicial.
No dia 12 de julho, Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso envolvendo o suposto plano de golpe. O ex-presidente confirmou ter se reunido com Do Val e Silveira no Palácio da Alvorada no dia 8 de dezembro, mas afirmou que foi Silveira quem solicitou o encontro. Bolsonaro ressaltou que nunca tinha se reunido pessoalmente com o senador antes. Ele também declarou que o nome do ministro Moraes não foi mencionado durante a reunião.
Bolsonaro enfatizou: "Não foi levantado nenhum plano, nenhum ato preparatório, sequer de gravar o ministro Alexandre de Moraes". Ele destacou que nenhum assunto relacionado ao ministro foi abordado durante o encontro.